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Feminicídio cresce 225% em agosto no Rio Grande do Sul

Delegacia de Polícia Civil em Camaquã - Foto: Valério Weege/Arquivo/Acústica FM
Delegacia de Polícia Civil em Camaquã - Foto: Valério Weege/Arquivo/Acústica FM

Indicadores divulgados pela
Secretaria de Segurança Pública nesta sexta-feira (10) apontam crescimento de 225% em feminicídios no Rio Grande do Sul. Os dados também mostram alta nos
assassinatos, no acumulado desde janeiro, subiu de 57 para 72 por motivo de
gênero (26%).

O Estado multiplica ações para
frear alta nos feminicídios, que segundo o governo o crime insiste em seguir na
direção contrária da tendência verificada em praticamente todos os demais
indicadores também evidencia a resistência da sociedade gaúcha em promover uma
mudança de cultura voltada ao respeito e a igualdade das mulheres.

Os feminicídios apresentaram nova
alta, passando de quatro casos em 2020 para 13 vítimas neste ano (225%). Mais
uma vez, a estatística também reforça a urgência de ampliar a conscientização
de toda a população quanto ao papel fundamental das denúncias, que podem fazer
a diferença para salvar vidas. Entre as 13 vítimas de feminicídio em agosto,
apenas duas tinha registro de ocorrência anterior contra o agressor.

E em nove dos 13 casos o
criminoso tinha vínculo amoroso ou familiar com a mulher assassinada. Números
que escancaram a importância de parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho
e de escola, ou até mesmo desconhecidos realizarem a denúncia ao primeiro sinal
de violência. Quanto mais cedo for levado às autoridades o conhecimento sobre
possíveis abusos, maiores são as chances de auxiliar as mulheres vítimas a
romperem com o ciclo de violência antes que ele termine em um feminicídio.

Além do Disque Denúncia 181 e do
Denúncia Digital 181, no site da SSP (ssp.rs.gov.br/denúncia-digital), o
WhatsApp da Polícia Civil (51 – 98444-0606) recebe mensagens 24 horas, sem a
necessidade de se identificar, e a Delegacia Online
(delegaciaonline.rs.gov.br), que teve suas possibilidades de registro aumentadas
para receber os relatos de violência doméstica, também permite fazer o boletim
de ocorrência, com a mesma validade do documento emitido presencialmente, a
qualquer horário e por qualquer dispositivo com internet. Para quem não tem
acesso, pode procurar qualquer Delegacia de Polícia, além das 23 Deams hoje
existentes no Estado, bem como o auxílio das PMPs, cujos telefones se encontram
no site da SSP (clique aqui). Para socorro urgente em emergências, o número é o
190.

No trabalho para frear o aumento
desse crime, as forças de segurança têm multiplicado ações para ampliar os
canais de comunicação e acolhimento do público feminino, além de intensificar
atividades preventivas e a repressão contra os agressores. No início de agosto,
com a participação das 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher
(DEAMs), a Polícia Civil deflagrou a Operação Margaridas, que cumpriu uma
centena de mandados de busca e apreensão e de prisão em mais de 150 cidades de
todas as regiões do RS.

Desde o dia 20 de agosto, em
ofensiva que se estenderá até 20 de setembro, está em andamento a Operação
Maria da Penha – Defenda a Mulher, que além de mandados da Polícia Civil, está
intensificando as ações ostensivas e preventivas realizadas pela Patrulhas
Maria da Penha (PMPs) da Brigada Militar. E para qualificar ainda mais o
trabalho de acompanhamento e visita às vítimas amparadas por medidas protetivas
de urgência, a BM formou 460 novos policiais militares especialmente
capacitados para atender ocorrências de violência doméstica. O treinamento de
mais patrulheiros permitirá ampliar para mais municípios o atendimento
especializado presente hoje em 114 cidades, 148% mais do que no início da atual
gestão, em 2019.

No entanto, o Rio Grande do Sul
completou 10 meses consecutivos de queda no número de homicídio com uma marca
que consolida o acerto da política de Segurança Pública implantada pelo
programa RS Seguro. O total de vítimas caiu de 140 em agosto de 2020 para 108
no mesmo mês deste ano, uma redução de 22,9% e o menor total alcançado no
período da atual gestão.

Na série histórica, só houve
somas menores para o período de um mês nos anos de 2005 e 2006, o que coloca o
total atual de homicídios como o mais baixo em 15 anos. Em relação ao pior
agosto já vivido no Estado, em 2015, quando 240 gaúchos foram assassinados, a
queda chega a 55%.

Confira os dados completos clicando aqui.