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Feminicídios crescem 21% em 2021 no Rio Grande do Sul, aponta indicadores de segurança

Fotos: Airton Lemos/Acústica FM
Fotos: Airton Lemos/Acústica FM

Embora o Rio Grande do Sul tenha
apresentado uma queda de 48% em quatro anos nas taxas de homicídio, um dado
preocupa as autoridades gaúchas: os feminicídios aumentaram 21% um em 2021 na
comparação com 2020.

Esse recorte foi apresentado na
manhã desta quinta-feira (13) em Alvorada durante um balanço da Secretaria da Segurança Pública, com a presença da cúpula da pasta. O vice-governador e secretário
de segurança afirma que vão ser tomadas ações para coibir esse tipo de crime e
ressaltou que poucas mulheres registram a ocorrência na polícia.

A delegada Nadine Anflor, chefe
de polícia do estado também analisou esse recorte dos dados, durante o evento. Somados
os homicídios, latrocínios e feminicídios, as quedas em sequência nas
ocorrências do tipo desde 2018, alcançam a marca de 2.056 vidas preservadas no
período – número maior que a população de 52 municípios gaúchos, conforme a
estimativa populacional do IBGE.

Mesmo com série de ações
preventivas, feminicídios têm alta em 2021

Entre os principais indicadores
monitorados pela SSP, o crime de feminicídio foi o delito que contrariou a
tendência de redução. O número de mulheres assassinadas por motivo de gênero
passou de 80, em 2020, para 97 no ano passado, uma alta de 21%. Ainda assim, o
total de casos permaneceu abaixo da marca de 2018, antes do RS Seguro, quando
houve 116 vítimas.

O aumento ocorreu em um dos anos
em que mais foram realizadas ações preventivas e repressivas pelas instituições
de segurança, o que reforça o diagnóstico da violência contra a mulher ser um
fenômeno cujo combate depende do engajamento da sociedade em todos os âmbitos.
Outro dado destaca o quanto é essencial que as denúncias de abuso sejam levadas
às autoridades logo aos primeiros sinais de suspeita – quanto mais cedo,
maiores as chances de que o ciclo de violência seja interrompido antes de
terminar no feminicídio da vítima. Entre as 97 mulheres assassinadas por razão
de gênero no RS em 2021, apenas 10 tinham medida protetiva de urgência (MPU) –
ou seja, praticamente a cada 10 vítimas, apenas uma estava sob o amparo da
decisão judicial que obriga o afastamento do agressor.

Em três anos, 24,4 mil roubos de
veículos a menos no Estado

A queda ano após ano que coloca
os crimes contra a vida no menor patamar da série histórica é ainda mais
impressionante entre os delitos contra o patrimônio. Nos roubos de veículos, ao
obter entre 2019 e 2021 um número cada vez menor que os 16.122 casos ocorridos
em 2018, o Estado deixou de registrar 24.419 ocorrências nos últimos três anos.
Se esses roubos tivessem acontecido, seria como se toda a frota em circulação
no município de Torres, no Litoral Norte, desaparecesse. Ou como se ladrões
tivessem deixado a pé, juntas, as populações dos 24 municípios com as menores
frotas do Estado, conforme dados do Departamento Estadual de Trânsito
(DetranRS).

Retração nos ataques a banco
desde 2018 chega a 79,2%

Os dados nos três anos do atual
governo ainda atestam que o Estado passou de um momento no qual o novo cangaço
sitiava cidades do Interior com ações cinematográficas, explosões de agências e
uso de cordão de humano de reféns, para a quase erradicação desse tipo de
delito. Em 2018, foram contabilizadas 192 ocorrências de furto e roubo a
estabelecimentos bancários. Já no primeiro ano da atual gestão, com a
implantação do RS Seguro, o número baixou para 110. Em 2020, nova queda, dessa
vez mais do que pela metade, para um total de 48 casos. E no ano passado, outro
recorde, com redução para 40 registros, o que significa retração de 79,2% na
comparação com três anos antes. No período, as quedas consecutivas representam
378 ataques a banco a menos no Rio Grande do Sul.

Pelo terceiro ano seguido, a
menor taxa de homicídios da década

O balanço de 2021 aprofundou uma
marca alcançada já no primeiro ano da gestão Eduardo Leite e Delegado Ranolfo:
pelo terceiro ano seguido, o Rio Grande do Sul alcança novo recorde na redução
de homicídios, com a menor taxa de vítimas para cada 100 mil habitantes desde
2010. 

Confira os dados na íntegraclicando aqui.