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Fetag aponta que maioria das promessas do governo estadual para combater estiagem não saiu do papel

Foto: Fernando Dias/Seapdr
Foto: Fernando Dias/Seapdr

O último boletim divulgado nesta terça-feira pela defesa
Civil do Estado revela que 33 municípios decretaram situação de emergência em
razão da estiagem que castiga várias regiões do Rio Grande do Sul. Capão do
Cipó, na Região Central, Iraí, no norte, e Frederico Westphalen no noroeste são
as últimas cidades a pedir homologação dos decretos ao governo do estado.

Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura, a área
mais atingida até o momento é a produção de leite, em função do pasto que está
seco por conta da falta e chuvas em algumas regiões.  Em dezembro de 2021, o governo do Estado previa no programa
Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, o maior aporte de recursos para
ser canalizado nos programas de irrigação. Ao todo, são R$ 201,42 milhões para
a construção, expansão e adequação de reservatórios de água e poços artesianos.

 A promessa é que seriam construídos 6 mil microaçudes, com
investimento de R$ 66,2 milhões. Com essa infraestrutura, estima-se que o
produtor rural conseguiria reservar 1,7 mil metros cúbicos de água, podendo
irrigar área de três a seis hectares. No entanto, a Fetag aponta que houve poucos avanços na pauta

 

“Eu acredito que hoje o principal problema nem é legislação
ambiental, e sim, falta de incentivos que estimulem o agricultor a fazer essa
reserva de água. Nós defendemos ações conjuntas das prefeituras, governo do
estado e federal, que permitam que o produtor rural realize esses investimentos
com juro zero, por exemplo, para irrigação, porque todos vão sair ganhando. Poucas
das medidas do programa avançar saíram do papel, aquela promessa de 10 açudes
por município, a construção de poços artesianos, ficou parada na burocracia” critica,
o vice-presidente da Entidade, Eugênio Zanetti

 

Dados revelam que os prejuízos econômicos causados pela seca no Estado Rio Grande do Sul, de janeiro de 2020 a março de 2022, ultrapassaram R$ 42 bilhões, segundo estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). 

A estiagem não afeta apenas o interior. O baixo nível dos rios que abastecem a Região Metropolitana
provoca alerta. O fornecimento de água já foi afetado em Porto Alegre. Em São
Leopoldo, alguns bairros em áreas mais extremas chegam a ficar seis horas sem
água. Em muitos pontos, o nível do Rio dos Sinos baixou para 70 centímetros. A
prefeitura começou uma campanha pedindo que os moradores reduzam o consumo e o
desperdício. O objetivo é evitar medidas como o racionamento de água nos
próximos meses.