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Fixação da juventude rural no campo preocupa representantes do Mercosul

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A preocupação com a fixação da juventude rural no campo foi um dos temas das discussões da XVIII Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf), evento realizado em Caxias do Sul (RS). A abertura oficial ocorreu na quarta-feira (14), com a presença dos ministros brasileiros do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, e das Relações Exteriores (MRE), Antonio Patriota, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan, representando o governador Tarso Genro. 

Durante o debate, que reuniu representantes da sociedade civil do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, chegou-se ao consenso sobre a necessidade da criação de projetos que visem o bem-estar dessa parcela da população. O secretário Ivar Pavan, assegurou que o rural “é a diversidade em si”. “Temos mais de 442 mil propriedades rurais de agricultores familiares sem jovens. Esses números exigem políticas públicas adequadas, com um novo ambiente educacional, com capacitação profissional e uma Ater (assistência técnica rural) diferenciada”, afirmou. 

Patriota, que palestrou para as comitivas brasileiras e internacionais, destacou que o reconhecimento mútuo será importante ainda para identificar os agricultores familiares. “Por meio dos registros, faremos uma fotografia do setor, assim, o governo poderá ter uma aproximação maior com o agricultor familiar, pois saberá onde ele está”, acredita.

Selo 

Outro tema que teve grande destaque foi o encaminhamento e formalização de uma proposta para reconhecimento mútuo dos registros nacionais da agricultura familiar nos países que compõem o bloco sul-americano. Depois dessa fase de elaboração, o documento segue para o Grupo Mercado Comum, instância superior à Reaf e que avaliará a proposta. Se a medida passar a valer, será possível a realização de iniciativas comuns de políticas agrícolas entre os países, explicou Pepe Vargas, na abertura oficial da Reaf. “Assim como nós já temos no país o selo de identificação de agricultura familiar, pode ser possível sim a criação de um para o Mercosul a partir do reconhecimento mútuo. Isso seria interessante como estratégia de busca de mercado para que a agricultura familiar ocupe mais espaço”, explicou.