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“Foi minha 1ª reação”, diz jovem que se atirou de táxi em Porto Alegre

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O que era apenas para ser um trajeto comum na vida de uma jovem de 18 anos acabou se transformando em momentos de tensão nas ruas de Porto Alegre. Na noite da última terça-feira (7), a estudante de Comunicação Social da Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) saiu da aula e pegou um táxi às 22h10 em frente a faculdade. O destino era o Shopping Iguatemi, caminho que costumava fazer de ônibus para encontrar o namorado no local.

No entanto, neste dia, a garota, que está está no 2º semestre de Jornalismo, decidiu pegar um táxi, por considerar um meio mais rápido e seguro. No meio do trajeto, a jovem notou que o taxista estava indo por um outro caminho, pegando a avenida Protásio Alves. Em seguida, dobrou em uma rua à direita em direção ao Bairro Bom Jesus, na Zona Leste da Capital. Após questionar o taxista devido a mudança na rota, e não obter resposta, a estudante decidiu se atirar do táxi em movimento.

“Eu perguntei para ele ‘onde tu tá indo, onde tu tá me levando?’ e ele não falou nada. Foi uma coisa de cinco segundos, eu já estava apavorada, tirei o cinto, e pensei ‘o que pode acontecer comigo se eu continuar nesse carro?’. Então, abri a porta e me atirei. Até lembro do vento empurrar um pouco a porta, mas mesmo assim eu consegui pular. Agora, pensando, eu não acredito que eu fiz isso sabe.. Mas foi minha primeira reação. Ainda bem que a porta não estava trancada”, relatou a jovem, que preferiu não se identificar.

Foram cerca de 10 minutos dentro do táxi, de acordo com a estudante. Após cair do veículo, ela correu em direção à Protásio Alves e acabou encontrando um amigo, que a levou até uma farmácia próxima para solicitar ajuda. A jovem contou que não lembra o modelo, placa e nem prefixo do carro. Também não reparou nas fisionomias do motorista – apenas recorda que ele estava de boné.

A estudante registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Viamão, cidade onde mora. O caso será repassado para a 14ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. Os pais da jovem também pretendem solicitar à PUCRS as imagens das câmeras de segurança da saída da universidade, na tentativa de identificar o táxi utilizado na corrida pela garota.

“Eu geralmente ando de ônibus. Eu prefiro, infelizmente, ser assaltada, e me levarem um celular, do que aconteça alguma coisa comigo. Por um tempo, não vou andar de táxi, com certeza”, disse a estudante.