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Fora do time titular há quatro meses, D’Alessandro ressurge como alternativa para Odair

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Estranho ver a escalação do Inter de Odair Hellmann no Campeonato Brasileiro sem Patrick no meio-campo. Das 26 partidas no Brasileirão, ele só ficou ausente contra o Atlético-PR, por suspensão — aquele cartão por usar a máscara do personagem da Marvel Pantera Negra ao comemorar gol contra o Vasco. Neste domingo, no Beira-Rio, diante do Vitória, Patrick ficará de fora de novo, e a sua vaga poderá ser preenchida por D’Alessandro. Vamos combinar que Camilo e Rossi correm muito por fora.

Naquele jogo contra o Atlético-PR, um 2 a 2 na Arena da Baixada, Odair apostou em Zeca no meio e Fabiano na lateral direita. É bem verdade que D’Ale ainda estava em fase final da recuperação da lesão no tornozelo esquerdo. Jogando em casa, diante de mais de 30 mil pessoas e contra um rival das bordas do Z-4, Odair pode optar por uma formação mais ofensiva. Ainda que os baianos devam se defender e buscar os contra-ataques.

Se Zeca recebe críticas pelas fracas atuações como marcador, contra D’Ale pesa o fato de não iniciar um jogo há 143 dias. Desde que voltou a ser utilizado, contra o Ceará, ele já participou de 10 jogos. Todos como reserva e com pouco tempo em campo. No total, jogou 180 minutos, numa média de 18 minutos a cada partida — computados sem os acréscimos. Pouco para quem, no primeiro semestre, era a principal liderança em campo.

— É um momento diferente na minha carreira. Já passei por isso, de ficar no banco, em 2009 com o Tite. Estou quase no final, e é preciso entender que a transição acontecerá. Está acontecendo ao natural. A transição acontece por algum motivo. Eu saí, e o time encaixou. Estou feliz com o momento da equipe. Não vou dizer que estou feliz no banco, porque sempre quero jogar. Vou trabalhar para isso — disse D’Alessandro, em entrevista concedida à ESPN, na segunda-feira, em São Paulo.

Para o analista do Projeto Footure Eduardo Dias, a substituição de Patrick é um tanto complexa. Mexe na equipe como um todo, e isso tem sido uma questão cara a Odair.

— Substituir Patrick na dinâmica do time tem o mesmo grau de dificuldade que substituir Dourado e Edenilson. Todos fazem parte do tripé de volantes que sustenta tanto o balanço defensivo do Inter — entende Dias. — Por técnica, hierarquia e circunstância, já que o jogo é contra o Vitória, se imagina a entrada de D’Alessandro, porém, o encaixe no modo de jogar não é tão natural assim. Patrick dá poder defensivo, constrange o adversário que ocupa o corredor interno pelo lado esquerdo e sai com rapidez ao ataque. Já a mágica de D’Alessandro com a bola não vem acompanhada da mesma intensidade na marcação — completa o analista.

Ainda que tenha jogado poucos minutos, D’Alessandro segue como o diferencial técnico do Inter. Para o colunista de GaúchaZH Maurício Saraiva, o camisa 10 é a opção certa para que os colorados enfrentem o Vitória no Beira-Rio:

— Nenhum argumento seria suficiente para explicar a ausência de D’Alessandro no time titular contra o Vitória. A hora de voltar com o meia é esta. Começa com ele e troca quando cansar. D’Alessandro segue sendo o melhor jogador do grupo colorado.

O Inter tem mais quatro dias para ajustar o time sem Patrick. E voltar a ganhar depois dos pontos deixados pelo caminho diante de Chapecoense e Corinthians, a fim de tentar retomar a liderança do Campeonato Brasileiro.

Longo período sem começar

D’Alessandro não é titular desde 6 de maio, quando o Inter perdeu para o Flamengo por 2 a 0, no Maracanã. De lá para cá, lesões e suspensões o fizeram perder tempo e lugar no time. Há 10 jogos ele entra no segundo tempo, na maioria das vezes no lugar de Nico

Os 180 minutos de D’Ale*

Inter 1×0 Ceará

Jogou 31 minutos, no lugar de Rossi

América-MG 2×1 Inter

Jogou 10 minutos, no lugar de Lucca

Atlético-MG 0x1 Inter

Jogou 1 minuto, no lugar de Nico López

Fluminense 0x3 Inter

Jogou 45 minutos, no lugar de Nico López

Inter 0x0 Palmeiras

Jogou 15 minutos, no lugar de Zeca

Cruzeiro 0x0 Inter

Jogou 27 minutos, no lugar de Nico López

Inter 2×1 Flamengo

Jogou 23 minutos, no lugar de Jonatan Alvez

Inter 1×0 Grêmio

Jogou 3 minutos, no lugar de Nico López

Chapecoense 2×1 Inter

Jogou 15 minutos, no lugar de Nico López

Corinthians 1×1 Inter

Jogou 10 minutos, no lugar de Pottker

* Não computado o tempo de acréscimo de cada jogo