O delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Pelotas, Sandro Bandeira, trouxe na íntegra, durante o programa Primeira Hora, o desdobramento da investigação sobre a festa clandestina registrada na madrugada da última segunda-feira (1º), em um cemitério no Cerrito Alegre, 3º distrito do município de Pelotas, no sul do estado.
Uma força tarefa conjunta entre Brigada Militar e Polícia Civil, acompanham os depoimentos de organizadores e participantes do evento. Segundo informações já apuradas, a festa pode ter sido organizada por uma produtora de eventos clandestinos. Após vídeos e fotos serem vazados em redes sociais, os possíveis organizadores encerraram as suas contas nas mídias e também removeram amigos para tentar encobrir o vínculo com o evento.
De acordo com Bandeira, aproximadamente 150 pessoas estiveram no evento, e a princípio, nenhuma sepultura foi danificada.
A parti disso, os organizadores poderão ser enquadrados apenas no artigo 268 do Código Penal, por infringirem a determinação do poder público destinada a impedir disseminação de doença contagiosa.
Os frequentadores e organizadores, também podem ser multados pela prefeitura municipal de Pelotas por descumprirem a lei municipal que proíbe aglomerações na cidade. A expectativa é que o inquérito seja concluído nos próximos dias.
Confira abaixo o vídeo completo da entrevista:
Relembre o caso:
A Brigada Militar de Pelotas, divulgou nesta quarta-feira (3), que está avaliando a veracidade de imagens que circularam pelas redes sociais e que chamaram a atenção da comunidade e também das autoridades. Vídeos e fotos mostram uma festa clandestina, que teria acontecido na madrugada de segunda-feira (1), véspera de feriado, na localidade de Cerrito Alegre, 3º Distrito do município de Pelotas.
Nas imagens, é possível identificar aglomeração de pessoas sem uso de qualquer máscara de proteção, ingerindo bebidas alcoólicas e ouvindo música alta. Porém, o que mais intriga, é que tudo isso aconteceu dentro de um cemitério local, em meio aos túmulos.
Segundo informações, moradores da região chamaram a polícia no momento em que a festa acontecia, mas a ocorrência não foi atendida. Os mesmos, registraram boletim de ocorrência alegando avarias e depredação dos jazigos. A Brigada Militar, informou que não recebeu nenhuma denúncia sobre a festa durante a madrugada do dia 1º.
Para apurar o fato, foi instaurada uma investigação da BM em conjunto com a Polícia Civil.