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França ataca reduto do EI na Síria e fala em fechar mesquitas radicais

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Explosões e tiroteios, em atentados simultâneos, na sexta-feira, em Paris, causaram pelo menos 129 mortes e deixaram cerca de 350 pessoas feridas. As ações coordenadas atingiram seis pontos da capital francesa — e transformaram a noite em tragédia. Dez meses após os atentados jihadistas contra a revista satírica Charlie Hebdo, policiais e judeus, as autoridades franceses decretaram estado de emergência. Entre os feridos, havia brasileiros.

Ao menos 89 pessoas morreram na casa de shows Bataclan, no centro da cidade, onde ocorria um show do grupo de rock Eagles of Death Metal. A polícia invadiu o local, e quatro terroristas morreram — três deles, explodiram bombas que carregavam no corpo. O Estado Islâmico reivindicou os ataques.

Os terroristas que atacaram a casa de espetáculos parisiense dispararam com o rosto descoberto durante vários minutos contra o público que assistia ao show, tendo, inclusive, recarregado as armas, relatou um jornalista que estava no local. Segundo a CNN, os terroristas utilizavam granadas e fuzis de fabricação russa conhecidos como AK-47.

Três explosões foram ouvidas próximo ao Stade de France, onde era realizado um jogo amistoso entre as seleções da França e da Alemanha. Com medo dos estrondos, os torcedores invadiram o gramado ao ouvir os barulhos. O Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos ataques no sábado. Mais cedo, presidente francês, François Hollande, acusou o grupo jihadista de cometer “ato de guerra”.

Hollande estava no Stade de France, onde ocorria amistoso entre França e Alemanha. Do estádio, foram ouvidas explosões, e, em momento de pânico, a torcida invadiu o campo. O presidente francês decretou estado de emergência e ampliou o controle nas fronteiras do país.

— Temos de mostrar compaixão e solidariedade, e também temos de mostrar unidade e manter a calma. A França deve ser forte e grande — disse.

A polícia está instruindo os moradores a ficarem em casa, a menos que haja uma necessidade absoluta de sair. Na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou os ataques de uma “tentativa ultrajante para aterrorizar civis inocentes”.

— Este é um ataque não apenas em Paris, não apenas sobre as pessoas na França, mas um ataque a toda a humanidade e aos valores universais que compartilhamos.

Atentados em Paris

Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em pelo menos seis lugares, segundo o jornal Le Monde, que cita uma fonte judicial: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Pelo menos cinco terroristas foram “neutralizados” à noite. A informação foi anunciada por François Molins, procurador de Paris.

Logo após os ataques, o Itamaraty confirmou brasileiros entre os feridos nos atentados. Parisienses descreveram como “estado de guerra” a situação da capital francesa, alertando para um possível crescimento da onda xenófoba, ultranacionalista e de extrema direita no país, que está a três semanas das eleições regionais.

O presidente norte-americano Barack Obama também se pronunciou após os ataques, garantindo apoio à França e descrevendo as ações como “ataques contra a humanidade”. Pelo Twitter, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff,se disse “consternada pela barbárie terrorista” e expressou seu “repúdio à violência” e “solidariedade ao povo francês”.