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Frente parlamentar para combater roubo de animais é criada na Expointer

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Uma frente parlamentar de combate a crimes agropecuários no Rio Grande do Sul foi criada neste sábado (26), primeiro dia da Expointer, feira realizada em Esteio, na Região Metropolitana. O principal objetivo é combater o abigeato (roubo de animais), propondo medidas de repressão e integrando entidades do setor.

Apenas neste ano, cerca de 4 mil animais foram roubados de propriedades rurais no estado. Muitos dos criminosos já foram identificados, mas alguns continuam soltos devido à demora da Justiça.

Em Caçapava do Sul, na Região Central, 29 animais foram roubados este ano, 17 na propriedade do pedreiro e produtor rural Oscarino Paz Pedroso. “Entraram de caminhão e pegaram os meus cavalos. Se sentiram em casa”, conta.

A polícia identificou suspeitos e, de acordo com o delegado Adriano de Jesus Linhares Rodrigues, que coordena a força tarefa de combate ao abigeato na região, falta o Judiciário fazer a parte dele. Dez pedidos de prisão preventiva aguardam decisão.

“Uma investigação mais técnica, com profundidade, com bastante detalhes, não prospera sem o aval do Ministério Público e sem uma decisão do juiz. Então essa decisão do juiz é imprescindível para um melhor resultado e garantia de segurança pra sociedade toda”, afirma Rodrigues.

Não há previsão para o andamento desses casos, já que o fórum tem apenas uma juíza para julgar 14 mil processos acumulados e, na semana passada, ela entrou em licença-saúde. Por enquanto dois juízes substitutos atendem o fórum uma vez por semana.

Mesmo assim, a polícia segue o trabalho de combate ao roubo de gado. Desde agosto do ano passado, 136 pessoas foram presas e 17 quadrilhas, desarticuladas. Mais de 35 toneladas de carne foram apreendidas e 15 mil animais, inspecionados.

Apesar da redução de 23% no crime de abigeato na região, quem já sofreu prejuízos espera que os criminosos sejam presos logo. “Acho que não pode demorar muito, porque eles podem estar roubando de outro”, avisa Oscarino.

A Corregedoria Geral da Justiça admitiu que, como outras comarcas do estado, a de Caçapava do Sul sofre carência de magistrados, e que a solução virá somente com a conclusão de um concurso para juiz em andamento.