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Gestores municipais e ativistas se unem contra mineração do Camaquã

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Comitiva formada por gestores municipais, ativistas ambientais e membros da Frente de Autopreservação do Rio Camaquã e do grupo União pela Preservação do Rio Camaquã entregaram hoje (7) convite ao presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), para participação das audiências públicas que estão sendo organizadas com o objetivo de debater com a população e denunciar a instalação de projeto de mineração a céu aberto nas margens do rio. As audiências ocorrerão em 30 /3 e 7/4, em Camaquã e Costa do Camaquã (BR 153, Km 579), respectivamente.

“Estaremos atentos em nosso papel fiscalizador. Somos, antes de mais, a favor da vida e do meio-ambiente”, declarou o presidente da Casa Legislativa.

Segundo a prefeita de Cristal, Fàbia Richter, os danos ambientais serão graves, com repercussões à saúde humana e à atividade econômica tradicional da região. “Já fomos comunicados que empreendimentos ligados à criação de gado poderão encerrar suas atividades, pois serão grandes as chances de perda de preço por conta do risco que a exploração de metais pesados acarreta”, explicou. “Temos vários estudos de pesquisadores e cientistas que acompanham este tipo de processo e que apontam os danos à saúde humana da extração a céu aberto, principalmente às gestantes que poderão dar a luz a crianças com grande deficiência mental”, explicou a médica Soraia Malafaia Colares, integrante da Frente de Autopreservação do Rio Camaquã.

Outro problema resultante do empreendimento à saúde humana e animal seria o contato direto com a água e ar poluídos, a ingestão de alimentos contaminados, além da poluição atomosférica e sonora em virtude das explosões.

De acordo com os integrantes da comitiva, os 28 municípios que integram a bacia hidrográfica deverão ser afetados, uma vez que a extração ocorrerá a apenas 800 metros das margens do rio, na região das Guaritas, considerada uma das sete maravilhas do Rio Grande do Sul. “Para se ter uma ideia, o empreendimento, parceria entre a Votorantim e a canadense IamGold, deverá retirar cerca de 150 m³ por hora de água do rio para lavagem/separação do minério”, destaca o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT), o que iria causar o seu assoreamento e a consequente diminuição da sua profundidade, devendo ainda provocar a poluição das águas superficiais (rios e riachos|) e subterrâneas (lençol freático) com metais pesados tóxicos.

Também participaram da audiência o prefeito de Amaral Ferrador, Nataniel Cândia, o vice-prefeito de Cristal, Rudi Trapp, e o secretário de Meio Ambiente de Bagé, Aroldo Quintana.