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Governador mantém bandeira vermelha na região de Camaquã

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Em live realizada na tarde desta segunda-feira (22), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou que os municípios da região de Camaquã seguem classificados com a bandeira vermelha. Com a decisão, os comércios locais devem permanecer fechados a partir desta terça-feira (23).

No anúncio, Leite abriu exceções para municípios que estão em regiões em bandeira vermelha, mas que não tiveram óbitos nem hospitalizações nos últimos 14 dias. Esses municípios poderão adotar protocolos da bandeira laranja. Camaquã não se enquadra na exceção, pois registrou dois óbitos, nos dias 14 e 17 de junho.

Os municípios chegaram a recorrer da decisão e, inclusive, tiveram uma reunião com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergamann. Conforme havia adiantado o procurador chefe de Camaquã, Fabiano Ribeiro, em entrevista à Rádio Acústica na manhã desta segunda-feira (22), entre as pautas da reunião esteve a reversão da bandeira vermelha, a possibilidade de separação de Camaquã da região metropolitana e ainda a cobrança da Unidade de terapia intensiva (UTIs), prometida para o município pelo Estado.

Com o revés anunciado por Leite, o município deve realizar até o final da tarde desta segunda-feira, um decreto com as novas restrições, válidas a partir desta terça-feira. A medida municipal poderá somente ser mais restritiva do que a legislação estadual, não podendo flexibilizar regras definidas pelo município.

Sugestão

Os prefeitos da região propuseram a criação de uma “microrregião” da Costa Doce dentro do modelo de Distanciamento Controlado do governo do Estado. A informação foi concedida em pronunciamento do secretário da Saúde, Fabiano Martins, realizado na tarde desta segunda-feira (22). 

De acordo com o gestor, a medida faria com que a região passasse para a bandeira laranja, já que haveria uma “independência” de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Martins não especificou a viabilidade técnica da proposição, mas adiantou que o governo do Estado já sinalizou a possibilidade de vir quatro leitos de UTI para Camaquã, dos dez esperados pela prefeitura. 

A microrregião teria como base o perímetro entre Barra do Ribeiro e Cristal.

O que muda na bandeira vermelha?

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 

Redução no teto de operação (número máximo permitido de trabalhadores presentes ao mesmo tempo no ambiente de trabalho, aplicado a serviços com quatro ou mais trabalhadores) dos serviços públicos não essenciais, restrito a 25% dos trabalhadores. 

Serviço de habilitação de condutores com operação restrita a apenas 50% dos trabalhadores. 

Serviços públicos essenciais, como segurança e manutenção de ordem pública, política e administração do trânsito, bem como atividades de fiscalização e inspeção sanitária, não têm a operação afetada com a bandeira vermelha. 

AGROPECUÁRIA 

Produção e serviços relacionados à agricultura, pecuária e produção florestal sofrem redução no teto de operação a 50% dos trabalhadores. 

ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 

Restaurantes, padarias e lanchonetes deixam de operar na modalidade presencial, ofertando serviços apenas por meio de tele-entrega, pegue e leve ou drive-thru. 

Hotéis, por sua vez, passam a operar com apenas 40% dos quartos disponíveis. 

COMÉRCIO 

Na bandeira vermelha, o comércio de rua e em centros comerciais ou shopping é suspenso, e os estabelecimentos devem ficar fechados. O mesmo ocorre para o comércio de veículos. 

Somente poderão operar estabelecimentos que comercializem itens essenciais, como medicamentos, produtos de higiene pessoal, alimentação e transporte. Mesmo assim, farmácias, supermercados e postos de gasolina têm operação reduzida a 50% dos trabalhadores. 

Serviços de manutenção e reparação de veículos automotores passam a operar com apenas 25% dos trabalhadores. 

Comércio atacadista de itens não essenciais deixa de atender na modalidade presencial. O teto de operação é reduzido a 25% dos trabalhadores, com atendimento exclusivo via tele-entrega, pegue e leve ou drive-thru. 

EDUCAÇÃO 

A partir do dia 15 de junho, algumas atividades de ensino serão retomadas nas bandeiras laranja e amarela. Na bandeira vermelha, portanto, as atividades de cursos livres ficam suspensas. Nas universidades, somente são mantidas em funcionamento na bandeira vermelha as atividades de laboratório necessárias à manutenção de seres vivos. Demais atividades de ensino seguem na modalidade remota, exclusivamente.

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 

Construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços de construção, por serem considerados essenciais, sofrem apenas redução na operação, passando de 100% para 75% dos trabalhadores na bandeira vermelha. 

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA 

Passam a operar com apenas 50% dos trabalhadores, à exceção das consideradas essenciais, como alimentação, bebidas, fármacos e de extração de petróleo e minerais, que têm o teto reduzido de 100% para 75% de trabalhadores. 

Para atender a essa restrição no total de trabalhadores presentes ao mesmo tempo no estabelecimento, sugere-se que, além do teletrabalho, as indústrias adotem regimes de escala, rodízio e/ou turnos alternativos para a manutenção da produção. 

SAÚDE 

No campo da saúde, vital ao enfrentamento da pandemia, os serviços não são afetados. No entanto, recomenda-se a postergação de consultas eletivas. 

Serviços de veterinária, porém, têm a atividade reduzida para 50% dos trabalhadores. 

SERVIÇOS 

Com a bandeira vermelha, ficam fechadas todas as atividades relacionadas à arte, cultura e lazer, incluindo academias de ginástica, clubes sociais e esportivos. 

Ficam vedadas também as atividades de captação de áudio e vídeo em teatros e casas de espetáculo, de empréstimo e consulta de itens em museus, bibliotecas e acervos, bem como os ateliês de arte, os quais recentemente foram liberadas nas bandeiras amarela e laranja em teatros. 

Parques, jardins botânicos e zoológicos são fechados para atendimento ao público, sendo permitida a operação de 50% dos trabalhadores para manutenção dos espaços e seres vivos. 

Serviços religiosos em templos igrejas e similares ficam fechados, não podendo receber o público de fiéis. No entanto, segue sendo permitida a captação de áudio e vídeo dos serviços religiosos, como missas. 

Serviços de higiene pessoal (cabeleireiro e barbeiro) não podem abrir na bandeira vermelha, assim como agências de viagens. 

Serviços de imobiliários, de consultora e administrativos passam a atender somente via teleatendimento, com no máximo 25% dos trabalhadores presentes no estabelecimento. 

Serviços bancários e de advocacia permanecem com atendimento presencial restrito, com no máximo 50% dos trabalhadores. 

Por fim, serviços de lavanderia e de reparo e de manutenção de objetos, considerados essenciais, permanecem abertos aos clientes, mas com teto de operação reduzido a 25% dos trabalhadores. 

SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 

Serviços de edição e edição integrada à mídia impressa, bem como de produção de vídeos e programas de televisão, seguem autorizados a funcionar, com teto de operação reduzido a 50% dos trabalhadores. A atividade de rádio e televisão, porém, não sofre alteração, seguindo com operação de 75% dos funcionários. 

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA 

Serviços de utilidade pública não sofrem alteração na operação com a vigência da bandeira vermelha, dado sua essencialidade. Seguem atuando com 100% dos trabalhadores. 

No entanto, mesmo com 100% de operação permitida, esses estabelecimentos devem respeitar o número máximo de pessoas por ambiente permitido com o distanciamento mínimo obrigatório entre pessoas, isto é, respeitar o teto de ocupação. 

Em escritórios pequenos, o limite de ocupação de um ambiente pode levar a um estabelecimento ter menos trabalhadores atuando presencialmente de forma simultânea, mesmo com a operação de 100% autorizada. 

TRANSPORTES 

O transporte de passageiros passa a operar com apenas 50% dos assentos da janela disponíveis. Sendo ambiente de aglomeração e propenso à disseminação do vírus, esse protocolo de operação deve ser estritamente respeitado nas bandeiras de maior risco.