Servidores de diversas categorias do funcionalismo público do Rio Grande do Sul reagiram com indignação ao pagamento de apenas R$ 600 de salário na próxima segunda-feira (31). O parcelamento ainda não foi confirmado oficialmente, mas é o que mostra a previsão de depósitos em extratos bancários dos funcionários.
“O governador optou por castigar não só o servidor, porque o governo agora está atingindo a família do servidor. Eles vão receber R$ 600, que vai impossibilitar de pagar o seu aluguel”, disse a presidente do Sindicato dos Professores (Cpers), Helenir Schürer.
A Secretaria Estadual da Fazenda disse que só se pronunciará oficialmente na segunda-feira (31). Está prevista uma entrevista coletiva com a presença do governador José Ivo Sartori, que deve detalhar o cronograma de pagamentos do funcionalismo. É possível que o restante dos salários seja pago em outras três parcelas.
No mês passado, os salários dos funcionários públicos também foram parcelados, mas a primeira parcela foi de R$ 2.150,00. Protestos e paralisações foram registradas em várias regiões de estado. A partir de segunda-feira (31), novos protestos estão marcados e uma greve de quatro dias do funcionalismo.
“Nós, servidores públicos, daremos a resposta à altura porque quem não nos respeita não merece respeito”, declarou a presidente do Cpers.
Na manhã deste sábado (29), na Expointer, em Esteio, um grupo de mulheres de policiais militares fez um protesto em frente à casa do governo do Estado contra o parcelamento de salários. O grupo levava cartazes com frases de protesto.
O governador estava visitando a exposição. Apesar de não ter confirmado o parcelamento, José Ivo Sartori pediu compreensão dos servidores e disse que só vai se manifestar sobre o assunto na segunda-feira.
“Com o respeito que nós temos pelos servidores, nós pedimos a compreensão e a solidariedade, porque onde não tem dinheiro, não se tira dinheiro. É preciso muita compreensão, porque estamos todos afetados. Na segunda-feira nós falamos sobre isso”, declarou Sartori.
