O governo do Estado do Rio Grande do Sul prevê uma queda de até 25% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) neste ano, devido aos efeitos da tragédia climática ocorrida em maio. Dado foi divulgado, nesta quinta-feira (20), durante encontro do governador Eduardo Leire com a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), prefeitos e parlamentares.
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O ICMS é o principal tributo estadual, influenciando diretamente pelos preços de produtos, como gasolina e gás de cozinha. Antes da enchente, o Rio Grande do Sul estimava arrecadar R$ 6,74 bilhões entre 1º de maio e 18 de junho. Contudo, após a tragédia, o valor arrecadado foi de R$ 5,16 bilhões, gerando uma redução de 23,4%. Em maio, a arrecadação de ICMS caiu 17,3%. Em junho, a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 32,1%.
Ainda durante o encontro, Leite apresentou projeções sobre o impacto causado pelo desastre das fortes chuvas que assolaram o Estado na receita direta do governo estadual e dos municípios, bem como, as demandas para reconstrução das áreas afetadas. Ele ressaltou a importância do apoio do governo federal para ajudar o Estado e os municípios nesta nova fase.
Em coletiva de imprensa após a reunião, o presidente da Famurs afirmou que a sociedade gaúcha vai entrar em colapso sem a ajuda da União. Com isso, a necessidade de prefeitos e representantes dos municípios estarem presentes nos dias 02 e 03 de julho em Brasília para apresentar as demandas e os problemas enfrentados por cada região.