Agora é oficial: a final da Libertadores de 2018 não terá a presença do Grêmio. Depois de ouvir os advogados de Grêmio e River Plate no final da manhã de sexta-feira (2), o Tribunal de Disciplina divulgou no site da Conmebol na noite deste sábado (3), decidindo apenas suspender por quatro partidas e multar o técnico Marcelo Gallardo em US$ 50 mil. O campeão da América nesta temporada sairá do confronto entre Boca Juniors e River Plate.
O julgamento, inicialmente agendado para este sábado (3), foi antecipado para sexta, o que causou prejuízo na logística tricolor, que teve de ser modificada às pressas para enviar o diretor jurídico Nestor Hein e o advogado Leonardo Lamachia ao Paraguai. Os dois tiveram a chance de sustentar (através de slides, áudios e vídeos) a tese de que, mesmo suspenso, o técnico Marcelo Gallardo interferiu no resultado da partida de volta da semifinal, vencida pelo River por 2 a 1, tendo ingressado no vestiário da Arena durante o intervalo e orientando o auxiliar nas substituições no segundo tempo de jogo. O objetivo era, apoiado no regulamento da competição, reverter o placar em 3 a 0 favorável ao Tricolor.
Embora o resultado tenha sido divulgado somente um dia depois da audiência, a imprensa argentina já vinha destacando o clássico portenho como a grande final da Libertadores. Até mesmo o presidente do país, Maurício Macri, se manifestou via Twitter dando garantias de segurança para que os jogos aconteçam com a presença de torcida visitante em ambos os estádios. Inclusive, a própria Conmebol havia mudado as datas dos confrontos decisivos por conta da reunião do G-20, agendada para o final do mês em Buenos Aires. Mesmo assim, o departamento jurídico gremista demonstrava otimismo antes do anúncio oficial do veredicto.
O Grêmio ainda pode recorrer da decisão junto à câmara de apelação da Conmebol. Entretanto, a entidade confirma que o jogo de ida acontece no dia 10 de novembro, na Bombonera. O segundo e decisivo duelo está marcado para o dia 24, no Monumental de Núñez.