Nesta terça-feira (18), o urologista Dr. Rafael Fraga destacou, em entrevista, a importância do diagnóstico e do tratamento adequado para a hiperplasia prostática benigna (HPB). A condição causa o aumento da próstata e afeta a maioria dos homens a partir dos 40 anos.
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Durante sua participação, o Dr. Fraga explicou que a HPB decorre das alterações hormonais que ocorrem com o envelhecimento, levando à multiplicação das células na próstata e, consequentemente, ao seu crescimento progressivo:
“Com o avançar da idade, muitos homens começam a notar sintomas como fluxo urinário fraco, dificuldade para iniciar a micção e a necessidade de fazer esforços extras para esvaziar a bexiga”, apontou o especialista.
O médico ressaltou que, embora a HPB seja comum, seus sintomas podem ser confundidos com os de outras condições, como infecções urinárias, câncer de bexiga ou efeitos colaterais de medicamentos, o que torna o diagnóstico um processo criterioso. Segundo ele, a avaliação clínica envolve um exame físico detalhado – incluindo a palpação da bexiga e o toque retal –, além de métodos complementares, como a ecografia e o exame do fluxo urinário, que permitem mensurar a eficiência do esvaziamento da bexiga.
Tratamento de hiperplasia
Quanto ao tratamento, Dr. Rafael Fraga apontou duas principais abordagens terapêuticas: o uso de medicamentos que dilatam o canal de saída da bexiga e aqueles que reduzem o volume da próstata. Ele destacou, entretanto, que alguns desses medicamentos podem afetar a libido e a potência sexual, questão especialmente relevante para homens que prezam pela manutenção de sua qualidade de vida. Em alguns casos, o especialista menciona até o uso de stents – dispositivos que visam dilatar o canal prostático –, embora ressalte que essa técnica apresenta desafios, como a necessidade de substituições frequentes devido à calcificação decorrente da exposição à urina.
Ao final, Dr. Fraga enfatizou a importância de procurar um médico diante do aparecimento de sintomas urinários, ressaltando que um diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são fundamentais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.