Em Rio Grande, um caso de maus-tratos envolvendo uma pessoa idosa levou à prisão em flagrante de um homem de 47 anos. A operação, foi realizada pelo Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPPGV) no bairro Bolacha.
Crime de maus-tratos só foi descoberto após denúncias de neta da vítima
As investigações tiveram início a partir de denúncias encaminhadas pelas netas da vítima, uma mulher de 84 anos. No fim de maio, elas reportaram que a idosa era mantida em uma residência onde não eram oferecidas condições mínimas de moradia.
Segundo os depoimentos, a mulher encontrava-se em um ambiente onde não havia acesso a serviços básicos, e o suspeito, que residia no mesmo local, controlava a entrada de outras pessoas. Adicionalmente, o acusado permanecia com o cartão benefício destinado à idosa, fato mencionado pelas netas, que não são filhas do homem acusado.
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Na manhã desta sexta-feira, por volta das 9h30min, o DPPGV, acompanhado de equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, deslocou-se até o endereço indicado pela denúncia. Durante a operação, os agentes constataram a situação de maus-tratos relatada: a vítima encontrava-se em um ambiente sem energia elétrica, sem fornecimento de água, sem alimentação e sem medicamentos, condição que dificultava qualquer tentativa de recuperação de sua saúde.
A vítima informou que há tempo vivia sem acesso a alimentos e água, situação que afetava sua integridade física.
Após a verificação dos fatos no local, onde a presença do suspeito limitava a entrada de pessoas e comprometia a segurança e o bem-estar da idosa, equipes de emergência foram solicitadas. Uma ambulância foi acionada para prestar os primeiros cuidados à vítima, a qual foi encaminhada a uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) para receber assistência adequada.
O homem, acusado pela prática dos maus-tratos, foi preso em flagrante durante a operação e conduzido às custódias policiais. No depoimento, o acusado afirmou que o cartão benefício da idosa estava em posse de terceiros, informação que está sendo apurada pela Polícia Civil.
A delegada Alexandra Pérez Sosa, responsável pelo caso, afirmou que, após o recebimento da denúncia, o DPPGV solicitou uma medida protetiva de afastamento em favor da vítima. Contudo, até a data da operação, essa medida não tinha sido analisada.
Durante o atendimento, os relatos evidenciaram que a idosa enfrentava a falta de condições básicas de subsistência. Nos depoimentos, foi informado que o acusado utilizava o valor do benefício para fins pessoais, direcionando os recursos para consumo de bebidas, e privava a idosa de acesso a alimentos e demais itens essenciais.