Em uma entrevista na Rádio Acústica FM, o renomado urologista, Dr. Rafael Fraga, abordou os principais aspectos relacionados ao HPV, uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no Brasil. O especialista destacou que o vírus não provoca apenas verrugas, mas também pode causar lesões internas e está fortemente ligado ao desenvolvimento de câncer de colo de útero, de pênis e de orofaringe.
Médico camaquense alerta para os riscos causados pelo HPV
Segundo o médico, o HPV é uma doença que se transmite principalmente pelo contato pele a pele durante a relação sexual, mas também pode ser transmitido por contato com áreas infectadas, mesmo na ausência de sintomas visíveis.
“A transmissão pode ocorrer por contato direto na região genital, e a carga viral elevada aumenta o risco de transmissão”, explicou Rafael Fraga.
Ele reforçou que o uso da camisinha ajuda a reduzir o risco, mas não elimina completamente a possibilidade de contágio, especialmente porque o vírus pode estar em áreas internas, como o colo do útero, que muitas vezes não são protegidas pelo preservativo.
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O especialista também alertou para a importância do diagnóstico precoce, já que muitas pessoas podem estar infectadas sem apresentar sintomas visíveis, como verrugas ou feridas. Para detectar o HPV em casos sem sinais evidentes, existem exames específicos, como a penescopia, que permite identificar áreas infectadas no pênis com o auxílio de uma lente de aumento.
O tratamento pode incluir cauterização, uso de cremes imunomoduladores ou quimioterapia tópica, sempre sob orientação médica.
Outro ponto destacado foi a vacinação, que desde abril de 2024 faz parte do programa de imunização do SUS para adolescentes de 9 a 14 anos, com uma dose única, sem custo. A vacina é altamente eficaz na prevenção de infecções pelo HPV e na redução do risco de câncer de colo de útero, além de proteger contra outros tipos de câncer relacionados ao vírus.
Rafael Fraga reforçou a necessidade de conscientizar pais e responsáveis sobre a importância de levar os jovens às unidades de saúde para a imunização, especialmente diante da baixa procura até o momento.
Por fim, o especialista ressaltou que a prevenção é a melhor estratégia contra o HPV, e que a vacinação, aliada ao uso de preservativos e à realização de exames periódicos, é fundamental para evitar complicações graves no futuro.
Assista a entrevista na íntegra: