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Inicia debate entre Ministério Público e defesas do julgamento no caso Kiss

Fotos: Airton Lemos/Acústica FM
Fotos: Airton Lemos/Acústica FM

Iniciou na tarde desta
quinta-feira (09) a fase de debates entre Ministério Público e defesas do
julgamento do caso Kiss. O debate começou na sequêncida  da interrogatório de
Luciano Bonilha Leão, Mauro Londero Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos, ao
longo desta manhã (09).

Segundo apurado pelo repórter
Airton Lemos, nos corredores Foro Central já circula uma previsão de que até
domingo (12) possa sair a sentença, mas há uma corrente acreditando que a
decisão pode sair ainda na madrugada de sábado (11).

Os quatro réus respondem pelas
mortes de 242 pessoas no incêndio da boate, em 2013. O júri entrou no nono dia
de trâmites.

 

Como foi o oitavo dia julgamento

Essa quarta-feira (08) fechou
com surpresa para quem acompanhava o júri no local. Se projetava que o
interrogatório de Elissandro Spohr durasse mais tempo, no entanto a defesa do
réu, representada pelo advogado Jader Marques, abriu mão de fazer as perguntas.

A promotora Lúcia Callegari
acreditava que foi uma estratégia de Jader Marques. Segundo ela, o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) tem emitido decisões recentes que confrontam a
prerrogativa do réu de ser indagado pelos seus defensores e não pelas outras
partes.

No interrogatório conduzido
pelo Juiz Orlando Faccini, Kiko Spohr chorou muito ao relembrar a tragédia. Houve
momentos de desespero do réu ao relatar o que tinha acontecido no dia
27 de janeiro de 2013.

Ele disse que perdeu muitos
amigos e que tentou de tudo para resolver o problema do isolamento acústico,
porque os vizinhos reclamavam do som que vazava. o Ministério Público chamou
Kiko na época para a assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC)
para conter o ruído.

As obras de alvenaria para
fazer o isolamento acústico não funcionaram plenamente, disse Spohr, e o
engenheiro Miguel Pedroso, que projetou as intervenções, mantendo a postura de
não recomendar a instalação de espuma.

Spohr disse que havia uma
“divergência” entre Pedroso, que não indicava espuma, e o engenheiro Samir
Samara, que supostamente teria recomendado esse composto para um “tratamento
acústico”. Samara nega ter feito essa indicação.