O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) determinou nesta quinta-feira (08), a suspensão de descontos de empréstimos consignados em aposentadorias após diversas reclamações e indícios de fraudes investigadas pela Polícia Federal. A investigação da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União mirou um plano o desconto ilegal que era repassado associações e entidades de aposentados. A fraude gerou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.
Após a deflagração da operação e a queda do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, reclamações sobre irregularidades em empréstimos consignados também surgiram.
Através de despacho, o presidente do INSS, Gilberto Waller, determinou o “bloqueio dos benefícios para averbação de novos descontos de empréstimos consignados”, independentemente da data de concessão do benefício.
A Justiça Federal determinou o prazo de 48 horas para que o governo e o INSS se manifestem oficialmente sobre os descontos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
O bloqueio da modalidade de empréstimo consignado segue uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte de Contas decidiu manter também a suspensão de descontos de associações em aposentadorias.