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Interdição do Presídio Central coloca delegacias sob risco de superlotação de presos

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O sindicato que representa os escrivães, inspetores e investigadores do estado do Rio Grande do Sul, divulgou nota nesta manhã de quinta-feira (23), alertando sobre a possibilidade de aumento do quantitativo de presos em delegacias, durante interdição da maior penitenciária do estado. Nesta semana, uma decisão judicial interditou o Presídio Central em Porto Alegre.

A decisão da Vara de Execuções Criminais (VEC), aconteceu na última terça-feira (21), e acontece devido a propagação do coronavírus entre os apenados. Os detentos também não poderão ser transferidos de galerias a fim de frear o contágio entre presos e funcionários.

O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, explica o que já vem acontecendo nas delegacias e alerta para um agravamento da situação. “O que acontece hoje é que é feito o flagrante e o preso fica aguardando a vaga dentro de uma delegacia ou viatura de polícia, ou algemado em um corredor, na rua, no pátio. Te pergunto: onde é pior, num presídio ou nessas condições bárbaras que essa situação oferece?”, questiona Isaac Ortiz.

A tensão se torna ainda maior, devido ao recrudescimento da Pandemia no estado. Segundo a UGEIRM, com os recordes diários de casos e de mortos pela Covid-19, empilhar presos nas delegacias é um convite a uma tragédia entre os (as) policiais civis. O resultado poderá ser uma inevitável explosão de casos de contágio na categoria.

A direção do sindicato irá notificar o Judiciário, para que a Decisão do TJ/RS que determina que nenhum preso permaneça nas delegacias por um tempo superior ao necessário para os procedimentos da Polícia Civil, seja cumprida. O sindicato também procurará a Assembleia Legislativa, a OAB/RS e o MP, para que pressionem o governo e o Judiciário afim de que esses presos não permaneçam nas delegacias.