O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um recuo na decisão de taxar com IOF transferências para investimentos de fundos no exterior. A medida, inicialmente divulgada como parte de um pacote para aumentar a arrecadação e fechar as contas do governo, foi revista após alertas de operadores do mercado sobre possíveis especulações e uma mensagem distorcida que poderia ser transmitida.
Segundo Haddad, o ministério recebeu diversas mensagens que o alertaram sobre potenciais problemas e interpretações indesejadas da medida. Em resposta, o governo decidiu manter a alíquota zero para transferências de fundos nacionais ao exterior.
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Antes, a previsão era de alíquota de 3,5% do IOF
A decisão inicial previa uma alíquota de 3,5% sobre essas remessas, enquanto as remessas de pessoas físicas para investimentos continuariam sujeitas à alíquota de 1,1%.
O Ministério da Fazenda justificou a revisão como um “ajuste na medida — feito com equilíbrio, ouvindo o país, e corrigindo rumos sempre que necessário”, em uma publicação na rede social X.
A reviravolta ocorre após uma reação negativa do mercado, com a Bolsa registrando queda e o dólar em alta após o anúncio inicial das novas alíquotas. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado nos Estados Unidos, também apresentou queda.