O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) está passando por um processo de inviabilidade, que ameaça sua capacidade de influenciar a produção de arroz no estado. Responsável por cerca de 80% da produção de arroz gaúcha, o instituto enfrenta uma série de problemas financeiros, estruturais e de pessoal.
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Segundo um relatório apresentado pelo deputado Zé Nunes (PT) na Assembleia Legislativa, o Irga tem perdido pesquisadores e trabalhadores, colocando em risco a qualidade do serviço prestado. A falta de investimentos e a ausência de providências por parte do governo têm contribuído para a precarização do instituto, que já se arrasta há três governos sem soluções efetivas.
Em maio deste ano, o deputado Zé Nunes apresentou uma carta aberta em defesa do Irga, destacando a defasagem no quadro de pesquisadores. A carreira no instituto deixou de ser atrativa, levando os profissionais a migrarem para a iniciativa privada. O documento ressaltou que algo está claramente errado e medidas urgentes são necessárias para reverter essa situação.
A situação do Irga é de extrema importância para o Rio Grande do Sul. O estado é responsável por aproximadamente 70% da produção nacional de arroz, colocando o país entre os maiores produtores mundiais e sendo responsável pela metade da produção de arroz na América Latina. Em 2022, foram cultivados 927,1 mil hectares de arroz no estado, com uma produção de 7,71 milhões de toneladas.