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João Carlos Machado rebate denúncias e desqualifica relatório de Ivo Ferreira

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O ex-prefeito de Camaquã, João Carlos Machado (Progressistas), concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10), na sede do partido, em Camaquã. O objetivo do encontro com a imprensa foi rebater denúncias realizadas pelo atual prefeito, Ivo de Lima Ferreira (PSDB), após divulgação de um relatório de auditoria que apontava possíveis irregularidades da Secretaria Municipal de Saúde, durante a gestão do ex-secretário Robson Marques.

Além de João Carlos Machado, o presidente atual do Progressistas, Valter Luis Barros, e a advogada do partido, Rosa Lucia de Moraes Thofehrn, participaram da coletiva, que foi acompanhada por apoiadores políticos, correligionários e vereadores de oposição à Ivo Ferreira. Em sua manifestação, o ex-prefeito desqualificou o relatório de auditoria realizado pelo Grupo Maciel, enfatizando que todas suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Machado também falou sobre a Tomada de Contas Especial, aberta por Ivo Ferreira em 2017, e que analisou as contas de 2013, provando que não houve prejuízos aos cofres públicos.

Para Machado, o atual prefeito contratou a empresa para fazer o relatório de auditoria, com o objetivo de desgastar o governo passado e obter vantagem na corrida no próximo pleito. Ainda conforme o ex-prefeito, o próprio relatório destaca em sua conclusão que não é possível afirmar que houve irregularidades. A advogada Rosa Thofehrn destacou trecho do texto do relatório “… não expressamos qualquer asseguração sobre as possíveis irregularidades e inconsistências orçamentarias …”, sustentando a afirmação do ex-prefeito.

Questionado sobre a veracidade do relatório, João Carlos Machado negou irregularidades, mas reconhece falha. “Não são verdadeiras as irregularidades. A Tomada de Contas Especial, em parecer feito por servidores da própria prefeitura, não identificaram irregularidades. Se houve equívocos, que agente reconhece que houve, foi para beneficiar a comunidade”, afirmou JCM. Questionado sobre quais equívocos teriam ocorrido, João Carlos se limitou a justificar que ocorreram devido à urgência dos atendimentos. “A pessoa chega lá com urgência e tem que operar. Se não fizer na hora, vai morrer! Primeiro a gente faz, depois vê como paga!”, justificou. Já a advogada destacou que estas falhas não causaram prejuízos aos cofres públicos.

Durante a coletiva, Machado rebateu ataques pessoais do prefeito Ivo Ferreira e do secretário da Saúde, Luciano Pereira Dias, que teriam sido proferidas durante entrevista na Rádio Acústica FM no fim do mês passado. “Quero dizer ao seu Ivo que ele vai ficar na história de Camaquã. Nunca vamos ver um prefeito tão ruim e incompetente como ele. esse título ele vai carregar para o resto da vida!”, disparou o ex-prefeito.

Confira:

Denúncias na saúde

Um relatório realizado por uma empresa de auditoria apontou irregularidades na Secretaria de Saúde de Camaquã, durante a gestão de Robson Marques, nos exercícios de 2014, 2015 e 2016, período em que o município era governado pelo prefeito João Carlos Machado. O material foi apresentado pelo atual prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira, em reunião com os vereadores, realizada na tarde desta sexta-feira (23), na prefeitura. A Rádio Acústica FM foi a única emissora convidada para participar do encontro e obteve o documento com exclusividade.

O Grupo Maciel analisou os contratos de sete empresas que prestaram serviço ao município durante o período, sendo verificadas 100% das notas fiscais emitidas. Uma das irregularidades apontadas diz respeito ao descumprimento contratual. Cada empresa tinha um limite de consultas pré-estabelecido através de contrato. O relatório aponta que era realizado um grande volume de consultas, geralmente acima ao que contempla os Termos de Credenciamentos, para faturamento de valores dos serviços prestados. Além disso, uma das empresas também realizou procedimentos cirúrgicos não autorizados através de contrato. Ao todo, foram 20 notas fiscais referentes aos serviços, totalizando R$ 202 mil.

O relatório ainda apontou que há empresas que não apresentaram notas fiscais referentes a serviços prestados ou apresentaram notas sem informações adequadas. Ainda há relatórios de pacientes atendidos com xerox apagados, nomes repetidos várias vezes, codificados com o mesmo procedimento e pelo mesmo funcionário. Outra irregularidade apontada pelo relatório diz respeito à utilização de verbas federais e estaduais, em atividades diferentes da sua finalidade original. Foram retiradas verbas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Programa Farmácia Popular, por exemplo. Os valores foram utilizados para o pagamento de consultas médicas:

Ao final da reunião, o prefeito Ivo Ferreira entregou o documento ao presidente da Câmara de Vereadores de Camaquã, Fabiano Medeiros. Para o chefe do executivo é uma função dos vereadores a fiscalização e o “poder de polícia”. Na reunião, os parlamentares falaram sobre a possibilidade de abrir uma CPI para investigar o caso. Até o momento, a câmara não tomou nenhuma atitude concreta em relação ao caso.