Jon Stewart esclarece comentários sobre JK Rowling e os duendes de Harry Potter

O famoso comediante Jon Stewart entrou no tópico da presença do anti-semitismo nos filmes de Harry Potter em um episódio recente de seu podcast O Problema. Agora, Stewart passou a esclarecer seus comentários sobre a representação da autora JK Rowling dos goblins em Harry Potter .

O episódio foi ao ar em dezembro, mas a conversa sobre Harry Potter desde então se tornou viral e a mídia pegou a história e a distorceu – como ela faz melhor. Stewart compartilhou comentários perspicazes sobre sua experiência de crescer como um menino judeu e ver as imagens em Harry Potter pela primeira vez, especificamente em relação aos goblins do Banco Mágico de Gringotes. Ele passou a expressar a profunda conexão que viu entre os antigos cartuns anti-semitas e a propaganda em relação à forma como os goblins apareciam fisicamente na tela.

Esta não é a primeira vez que Rowling fica na berlinda sob as questões de queer / transfobia, racismo e, claro, anti-semitismo. Stewart comparou diretamente os goblins a uma publicação anti-semita intitulada The Protocols of the Elders of Zion, que se originou em 1903. Depois que a mídia tornou toda a conversa viral, Stewart rapidamente saltou para a câmera para enviar uma mensagem rápida de clareza através do Twitter a respeito às observações que ele fez. Ele passou a dizer que a conversa era muito inofensiva e qualquer pessoa que visse o diálogo ocorrido seria capaz de ver isso claramente.

Stewart também publicou e declarou em seu Twitter: “Olá, meu nome é Jon Stewart, não acho que JK Rowling seja anti-semita. Não a acusei de ser anti-semita. Não acho que os filmes de Harry Potter sejam anti-semitas. Eu realmente amo os filmes de Harry Potter , provavelmente demais. ” Stewart não retirou nenhum dos comentários que fez, pois os defende. No entanto, a mídia de notícias divulgando uma manchete com acusações contra Rowling e toda a franquia de Harry Potter sendo anti-semita explodiu a coisa toda fora de proporção.

Pessoas que vêm de comunidades marginalizadas merecem o direito de expressar suas opiniões sobre mensagens subliminares vivenciadas por meio de formas estereotipadas ou odiosas de representação na tela. Stewart, em todo esse desastre na mídia, mostrou que cancelar a cultura não é o meio de responsabilização ou reconhecimento. As pessoas podem expressar desdém sem quebrar e desmontar tudo o que está sendo analisado.

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