Os onze servidores do Forum da Comarca de Tapes aderiram à greve da categoria, por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (25), a qual busca cobrar algumas pautas em favor do bom funcionamento do Judiciário.
Segundo informações repassadas ao Portal Online, à pauta reivindicatória são da valorização e combate à precarização do servidor do judiciário, 15% de reposição imediata, tendo em vista mais de 50% de perdas históricas, equiparação e reajuste do vale alimentação aos dos juízes para R$ 799, diminuição da carga horária, construção de um Plano de Cargos e Salários (PCS) negociado com os funcionários, definição de um calendário para reposição das perdas, o que acarretaria economia, sem prejuízo ao atendimento.
De acordo com Cristiano Rossoni Vieceli, Distribuidor-Contador responsável pela Direção do Foro, em Tapes, a Comarca somente irá atender as medidas urgentes, as mesmas atendidas em Plantão, dentre as quais, habeas corpus, prisões em flagrante, provisórias e preventivas, medidas cautelares e tutelas antecipadas, dentro outros, conforme documento em anexo, nesta matéria, via comunicado.
Dilema
Todavia, atendimentos como audiências já designadas serão executados. A decisão da paralisação do Judiciário Gaúcho aconteceu no último dia (19), quando a categoria esteve reunida em Asssembleia, na Capital.
O judiciário gaúcho foi eleito, pelo segundo ano consecutivo como o melhor do país. Contraditoriamente, os servidores são um dos mais desvalorizados do país, estando atualmente com mais de 2.000 (dois mil) cargos vagos na estrutura do judiciário, o que acarreta sobrecarga imensa de trabalho, doenças, afastamentos e prejuízos ao atendimento à população.
Solidariedade
Em face do movimento grevista, a partir desta quinta-feira, até o final da greve, no saguão do Forum de Tapes, os servidores estarão realizando a Greve Solidária. O objetivo é o de receber doações de roupas para entrega às entidades assistenciais do município.
Contraponto
Em nota ao jornal Correio do Povo, de acordo com o TJ, o Tribunal precisa que seja aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na Assembleia Legislativa. A previsão é que seja apreciada no plenário até o dia 14 de julho. Atualmente, está na Comissão de Finanças. A partir daí, será possível saber os recursos disponíveis para o reajuste salarial. O Tribunal alega que, nos últimos anos, o reajuste concedido foi superior à inflação e, no ano passado, foi definido 1º de julho como data-base.