Categories: JustiçaNotícias

Júri de seis acusados por sequestro, tortura e morte de casal de idosos em Rolante começa nesta quinta-feira

Seis denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo sequestro e morte de Antonio Celestino Lummertz e Lonia Gabe, em Rolante, no Vale do Paranhana, em 2014, começam a ser julgadas pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira, 12 de dezembro, no Fórum de Taquara. Depois de mortos, as vítimas tiveram os corpos queimados. O casal de idosos era testemunha-chave para a condenação de dois dos réus em um homicídio ocorrido em Torres. A previsão é que o julgamento se estenda por dois dias.

Os denunciados, quatro homens e duas mulheres, respondem por dois homicídios quadruplamente qualificados (motivo torpe, por meio de asfixia, com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e para assegurar a vantagem e a ocultação de outros crimes), além de sequestro e cárcere privado, tortura, falsidade ideológica, ocultação e destruição de cadáver e furto qualificado. O promotor de Justiça Leonardo Giardin de Souza, que assina a denúncia, atuará em plenário pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do MPRS.

O crime em Rolante

Conforme a denúncia, em 2 de fevereiro de 2014, na localidade de Linha Faxinal de Dentro, interior do município de Vale do Sol, os denunciados foram até a residência do casal, em dois carros, e os sequestraram. Eles foram mantidos em cativeiro em uma casa no interior de Rolante, até a madrugada de 8 de fevereiro, quando foram mortos asfixiados, Lonia enquanto dormia, e o Antonio Celestino quando se levantava para ir ao banheiro e estava sem a perna mecânica.

O casal foi colocado dentro de uma carcaça de geladeira existente no pátio da residência e carbonizado. Os restos mortais foram dispensados à beira da estrada que liga Rolante a Santo Antonio da Patrulha, próximo à praça de pedágio.

Para justificar o desaparecimento das vítimas, que vinha sendo investigado pela Polícia Civil em Vale do Sol, os réus tentaram despistar as autoridades e familiares do casal, fornecendo notícias falsas que davam a entender que o Antonio Celestino havia matado sua companheira e fugido para o estado do Mato Grosso.

Motivação

Antonio Celestino havia sido testemunha de um homicídio qualificado praticado por uma das denunciadas em Torres. Para tentar reverter sua condenação pelo Tribunal do Júri, a mulher planejou as mortes e contou com o auxílio dos demais denunciados. No cativeiro, Antonio Celestino foi obrigado a escrever, de próprio punho, uma carta na qual a inocentava da acusação e assumia a autoria do crime. Ainda, ele foi forçado a gravar um vídeo em que reproduzia de viva voz o conteúdo da carta e foi levado até um tabelionato na cidade de Osório, onde foi coagido a reconhecer firma em um documento manuscrito em que declarava ter escrito a carta e gravado o vídeo por livre e espontânea vontade.

Redação de Jornalismo

Recent Posts

Confira como realizar o cadastro para o Passe Livre Estudantil em Camaquã

Passe Livre Estudantil visa garantir o deslocamento dos alunos para as instituições de ensino

6 minutos ago

Canabidiol no tratamento pacientes que sofrem de dores crônicas

Presidente da Associação Cannábica Medicinal destaca os benefícios e desafios no uso do canabidiol

43 minutos ago

Ato de assinatura celebra início da obra de restauração do Memorial do Rio Grande do Sul

Com investimento federal de R$ 6,62 milhões, prédio que abriga três instituições da Sedac passará…

2 horas ago

Abner Dillmann é palestrante na primeira Reunião Almoço da Acic 2025

Evento ocorrerá na próxima quinta-feira (20), na Sede Social da Acic

2 horas ago

Mãe Gaúcha: municípios ainda podem se inscrever no programa

A iniciativa já distribuiu mais de 35 mil kits de enxoval para bebês desde o…

3 horas ago

CEEE Equatorial realiza desligamento programados no centro de Camaquã

Manutenções ocorrem no centro e em estradas de acesso ao interior do município; saiba mais

3 horas ago

This website uses cookies.