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Justiça: entenda os motivos da “liberação” dos jovens acusados de agressão em Camaquã

Decisão causou repercussão entre a comunidade. Foto: Gil Martins/Acústica FM
Decisão causou repercussão entre a comunidade. Foto: Gil Martins/Acústica FM

Um dos juris mais polêmicos do ano em Camaquã, foi realizado
na nesta segunda-feira (30). O tribunal do júri se reuniu para o julgamento de
dois homens acusados de violência cometido contra um adolescente no centro da
cidade.

Os atos violentos ocorreram em abril de 2020 e foram
captados por câmeras de vigilância. O jovem é abordado por três elementos e
agredido na cabeça por socos e chutes, sendo abandonado desacordado na calçada
da Avenida Olavo Moraes.

Graças a divulgação de imagens, os envolvidos foram
identificados e foi possível ouvir a versão deles em depoimento prestado na
Delegacia de Polícia local. Eles afirmaram que descontaram no jovem a raiva
após discussão com um outro homem na praça Zeca Netto.

O caso causou repercussão entre a comunidade e os dois
adultos envolvidos na agressão, foram presos, permanecendo nesta condição até a
data do julgamento. Já o terceiro agressor é um menor, que respondeu ao crime
de acordo com a legislação estabelecida para menores infratores.

O júri realizado nesta segunda-feira durou cerca de 12 horas
no Foro local. As imagens dos atos de violência foram apresentadas durante o
julgamento, onde as discussões inerentes ao caso foram feitas.

Ao final, o juiz criminal Felipe Valente Selistre proferiu a
sentença, afirmando que foram acatadas as teses das defesas, afastando a ocorrência
de tentativa de homicídio. Desta forma, o crime foi desclassificado para lesões
corporais gravíssimas.

Na prática, a teoria aceita foi a de lesões corporais e não
a de homicídio qualificado tentado, a qual eles estavam sendo julgados. O júri
entendeu que o fato deles estarem presos desde a data do fato, ou seja, a mais
de um ano, já cumpriram pena compatível com o crime de lesão corporal
gravíssima.

Com isso, os dois presos foram liberados da prisão. Cabe
salientar que desta decisão, ainda é possível recurso, que provavelmente será
impetrado pelo Ministério Público.