Em uma operação de grande impacto, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (19) quatro militares do Exército, todos ligados às Forças Especiais, conhecidas como “kids pretos”. Os militares são suspeitos de participarem de um plano golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário após as eleições de 2022.
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Além dos militares, um policial federal também foi preso. Identificado como Wladimir Matos Soares, o agente teria atuado em conjunto com os demais envolvidos no planejamento do golpe.
Segundo as investigações da PF, o grupo criminoso elaborou um “detalhado planejamento operacional”, denominado “Punhal Verde e Amarelho”, com o objetivo de assassinar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin no dia 15 de dezembro de 2022.
Os “kids pretos”, como são popularmente conhecidos, são militares altamente treinados para atuar em operações especiais. O Exército confirmou a existência dessas tropas, que operam desde 1957, e informou que, até o ano passado, o efetivo dos “kids pretos” era de aproximadamente 2,5 mil militares.
Os “kids pretos” têm sido alvo de grande atenção da mídia nos últimos tempos, especialmente após a operação da Polícia Federal que os ligou a um suposto plano golpista. Mas quem são esses militares e qual o papel deles dentro das Forças Armadas?
A Origem do nome e as características dos “kids pretos”
O apelido “kids pretos” se originou do uso de um gorro preto por esses militares durante suas operações. Essa vestimenta, além de ser parte do uniforme, serve como um símbolo de distinção e reconhecimento dentro do grupo.
Os “kids pretos” fazem parte das Forças Especiais do Exército Brasileiro, uma unidade de elite treinada para realizar missões de alta complexidade, como:
- Operações de reconhecimento: infiltração em áreas hostis para coletar informações estratégicas.
- Ações diretas: missões de combate a alvos específicos, como líderes de grupos terroristas.
- Guerra não convencional: atuação em conflitos de baixa intensidade, como guerrilhas e insurreições.
- Resgate de reféns: operações para libertar civis ou militares sequestrados.
Treinamento Rigoroso e Missões Sigilosas
Para integrar as Forças Especiais, os militares passam por um treinamento extremamente rigoroso, que inclui:
- Condicionamento físico extremo: Os “kids pretos” precisam ter resistência física e mental para suportar longas jornadas e condições adversas.
- Mastery em diversas armas: Dominam o uso de uma variedade de armas, desde pistolas até lançadores de granadas.
- Táticas de combate: São treinados em diversas táticas de combate, incluindo combate corpo a corpo, emboscadas e infiltração.
- Sobrevivência: Aprendem a sobreviver em ambientes hostis, como selva e deserto.
A Polêmica em Torno dos “Kids Pretos”
A imagem dos “kids pretos” tem sido associada a missões sigilosas e operações de alta periculosidade, o que, por vezes, gera controvérsias. A participação em operações de combate ao crime organizado, por exemplo, já gerou debates sobre o papel das Forças Armadas em ações de polícia.
A recente operação da Polícia Federal, que ligou um grupo de “kids pretos” a um suposto plano golpista, trouxe à tona novas preocupações sobre o uso político dessa força especial.