Foto: Airton Lemos/ Acústica FM
O governador Eduardo Leite anunciou, após reunião nesta terça-feira (28), que vai criar uma força-tarefa para fiscalizar a contratação de pessoas e combater situações de trabalho análogo à escravidão, como o que ocorreu em Bento Gonçalves, na Serra do RS. Não foi anunciado um prazo para o início dessa ação. Mais de 200 trabalhadores foram resgatados de um alojamento em Bento Gonçalves, onde eram submetidos a “condições degradantes” e trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva.
Eles foram contratados pela empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda, que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi, Salton e produtores rurais da região. O alojamento ficava a 15km dos vinhedos. O responsável pela terceirizada chegou a ser preso, mas pagou fiança e foi solto. Questionado sobre a responsabilização das vinícolas para as quais a empresa terceirizada fornecia a mão de obra —, Leite disse que determinou que as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura atuem no caso, e defendeu a reputação do vinho gaúcho.
‘Precisamos garantir que essa atitude que se observou seja um fato isolado, mas, se houver algum outro episódio semelhante, que seja apurado e garantida a punição. Mas é importante ressaltar: são mais de 20 mil produtores de uvas no Rio Grande do Sul e sabemos que o nosso vinho é fruto do suor e esforço de famílias nas condições dignas de trabalho. Não vamos permitir que alguns que fazem errado manchem a reputação daqueles que fazem certo” — completou.
Em coletiva de imprensa realizada após a reunião nesta terça-feira (28), no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite afirmou também que está apurando o envolvimento de servidores públicos da Brigada Militar (BM) no caso e aguardando novas informações para garantir as punições necessárias aos responsáveis.
“Colocaremos a nossa estrutura à disposição para amplificar a capacidade de fiscalização, especialmente, nessas atividades que demandam uma expansão de mão de obra tão rápida, como é a colheita da uva” — pontuou.
Segundo o secretário de Segurança, Sandro Caron, o estado busca trabalhar em conjunto com a Polícia Federal na troca de informações sobre o caso. De acordo com os relatos, os policiais teriam um acordo com o proprietário do alojamento, por quem eram chamados para coagir e reprimir os trabalhadores, em casos de brigas ou de reclamação.
Ainda conforme os relatos, alguns desses brigadianos usariam armas de choque e cassetetes para agredir as pessoas em condição análoga à escravidão. Ainda nesta tarde, representantes do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) estão reunidos, em audiência telepresencial com a empresa contratante dos 207 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves, na Serra. As vinícolas que se valiam da mão de obra contratada também enviaram representantes às reuniões.
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