A decisão do governador Eduardo Leite de renunciar ao mandato repercutiu fortemente na Assembleia Legislativa do Estado na tarde dessa terça-feira (29). No intervalo das sessões plenárias, a reportagem da Acústica FM ouviu visões diferentes sobre o futuro político do chefe do executivo gaúcho .
O Líder da bancada do PT no
parlamento gaúcho, Pepe Vargas fez duras críticas a Leite, dizendo que o chefe
do executivo gaúcho é candidato a nada, e também alfinetou a postura do
governador em relação as prévias do PSDB: “É um fato inédito, porque ao longo da
história, pelo menos depois da redemocratização quando voltamos a ter o direito
de eleger o governador, tivemos o Pedro Simon que renunciou para concorrer ao
senado, mas o senhor Eduardo Leite não é candidato a nada. Aliás, ele disputou
uma prévia dentro do partido dele e filiados dos PSDB escolheram o senhor João
Dória para candidato a presidente. Então, Leite renuncia com qual objetivo? Com
objetivo de se liberar para articular dentro do partido dele um puxar de tapete
do candidato que ganhou a prévia”, critica Pepe.
Já o líder da bancada do PSDB na
Assembleia Mateus Wesp, classifica a atitude de Eduardo Leite de renunciar ao
mandato como corajosa, porque o natural segundo Wesp, seria a reeleição. Wesp
destaca ainda que Leite não tem a certeza de que pode ser o candidato à
presidência pelos tucanos, o que provaria que a atitude dele estaria correta: “o
Governador do Rio Grande do Sul teve uma atitude corajosa que demonstra desprendimento e desapego ao
poder na medida em que faz um ato um tanto quanto inusitado, que é abrir mão do
poder, quando a tradição é concorrer à reeleição como outros candidatos
fizeram, mesmo sem saber se vai ser o candidato à presidência da república. A
atitude dele mostra que não é a simples troca por um projeto maior, porque ele
não tem a certeza ainda se será o líder desse movimento e que também foi dito
por outros integrantes da chamada terceira via”, destacou o deputado tucano.
O governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (28) que vai renunciar
ao cargo e que permanece no partido. Ele deixa o governo próximo do dia 2 de abril, data limite dada pela Justiça Eleitoral para ter a possibilidade de
concorrer à presidência da República. Caso optasse pela reeleição ao governo,
não seria necessária a saída.
