O preço do leite simplesmente disparou nos supermercados
gaúchos, fazendo com que a cesta básica pesasse ainda mais no bolso dos consumidores.
Em um momento em que muito se fala no preço dos combustíveis, o alimento também
está entre os itens com aumento significativo dos preços.
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“O consumidor vai ter de botar água no leite”,
disse nesta semana, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas),
Antonio Cesa Longo.
Um levantamento feito pela reportagem da Rádio Acústica FM, mostrou que assim como em estabelecimentos de diversas regiões do estado, Camaquã já tem supermercados com o preço do litro do leite do tipo UHT, com valor que supera os R$ 7,00. Pesquisando bem no comércio local, ainda é possível encontrar alguns locais com valor menor. Em janeiro deste ano, era possível comprar o produto por pouco mais de R$ 4,00.
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A ampliação do preço do diesel e dos insumos usados para a
alimentação dos animais, a questão tributária, a estiagem e o período de
entressafra estão entre os fatores que influenciam diretamente no aumento do
leite e seus derivados. Outros fatores levantados pelo presidente são o mercado
internacional e o período de entressafra.
A menor produção de leite, por sua vez, é explicada pelos
elevados custos de produção e pela diminuição dos investimentos ao longo dos
últimos meses – o que tem reduzido o potencial de recuperação da oferta mesmo
diante do aumento dos preços pagos ao produtor.
Segundo o Dieese, levando em consideração o preço da cesta
básica do mês de maio em São Paulo (capital que apresentou o maior valor neste
período: R$ 777,93), o salário mínimo brasileiro deveria ser R$ 6.535,40, ou
seja, 5,39 vezes a mais que o pago atualmente. Além da alimentação, a pesquisa
também leva em consideração outras despesas como moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência social.
