A obra “Pão, texto e água” da escritora
e professora camaquense Roberta Flores Pedroso, está entre as cinco sugestões
de obras da literatura gaúcha. De acordo com seleção realizada pela Literatura RS, o último Top 5 de 2021 apresenta títulos que ampliam o potencial da
literatura como lente para compreensão de processos e contradições.
O livro sobre literatura
afro-brasileira produzida no Brasil, lançado em outubro do ano passado é a
primeira indicação do retrato da literatura quando negra. Roberta constrói a crítica
literária que é afetada e necessária para ampliar o potencial do conhecimento
sobre a literatura afro-brasileira.
Além da escritora camaquense, as
obras sugeridas são: Estética e raça: ensaios sobre a literatura negra por Luiz Maurício Azevedo, professor que já lecionou em Camaquã, Mundopoética:
geopolíticas do literário por Cinara Antunes Ferreira e Andrei dos Santos Cunha,
Por uma crítica feminista: leituras transversais de escritoras brasileiras por
Eurídice Figueiredo e Duas formações, uma história: das ideias fora do lugar ao
perspectivismo ameríndio por Luís Augusto Fischer.
O top 5 da literatura gaúcha é
uma proposta que indica cinco sugestões de leitura de autores do Rio Grande do
Sul. O canal é dedicado a literatura produzida e editada a partir do Estado.
Sobre a obra:
A obra “Pão, texto e água” foi
publicada pela editora independente, Figura de Linguagem, dirigida por pessoas
negras. Segundo divulgado pela Figura de Linguagem, Flores afirma que:
“quando se é negro no Brasil e, principalmente em cidades do interior,
como no meu caso, o silêncio do apartheid social geralmente incorre no risco da
possível negação da própria natureza humana, oferecendo a nós como único
caminho a redenção do embranquecimento, que, mesmo inconscientemente, interfere
na nossa identidade, assim como e principalmente na nossa autoestima”.
A escritora:
Roberta Flores Pedroso é natural
de Camaquã (RS). Professora de língua portuguesa e doutoranda em Literatura
Brasileira, na UFRGS, é autora de dezenas de artigos sobre a produção literária
afrodescendente. Também leciona na rede pública estadual. Roberta foi patrona da 40ª Feira do Livro de Camaquã.
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