A indústria automotivaglobal movimenta cerca de US$ 2,5 trilhões anualmente, de acordo com a Organização Internacional de Fabricantes de Veículos Automotores (OICA).
Lubrificantes de alta performance mantêm a indústria brasileira em movimento. Foto: Divulgação
No Brasil, o setor apresentou um crescimento de 15% em 2024, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA, com 2,654 milhões de veículos leves e pesados emplacados, contra 2,309 milhões em 2023. Esse avanço posicionou o mercado brasileiro como o que mais cresce no mundo. O primeiro semestre de 2024 superou o segundo em 32%, ou seja, o melhor desempenho em vendas dos últimos dez anos — um salto que não ocorria há 17 anos.
Manter essa frota em pleno funcionamento exige diversos cuidados, entre eles, a lubrificação adequada é uma das medidas mais importantes para o desempenho e segurança dos veículos.
Os desafios técnicos para o desenvolvimento de soluções para esse setor são complexos. Na carroceria, os lubrificantes precisam oferecer resistência contra água, sal marinho e variações extremas de temperatura, que podem oscilar entre -10°C e 80°C em diferentes regiões do país. No interior do veículo, as formulações devem ser inodoras, não degradar materiais plásticos e não causar embaçamento em vidros e painéis.
Luiz Maldonado, CEO da Lubvap Special Lubricants, empresa de distribuição com mais de 15 anos no mercado de soluções em lubrificação industrial, explica que os sistemas mecânicos apresentam exigências ainda mais rigorosas. “O motor de um veículo comum opera sob pressões que podem ultrapassar 100 bar, com temperaturas próximas a 150°C em alguns componentes. Um lubrificante inadequado perde suas propriedades físicas nessas condições e colocar em risco todo o sistema“, afirma o especialista.
O setor de transporte pesado enfrenta também outros desafios. Caminhões e carretas exigem lubrificantes específicos para componentes como a quinta roda, que conecta o cavalo mecânico à carreta, e os cubos de roda, que suportam cargas superiores a 20 toneladas. Nesses casos, a lubrificação inadequada pode resultar em falhas catastróficas com graves consequências operacionais e financeiras.
A indústria de lubrificantes especiais responde a esses desafios com investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Empresas como Kluber, Texas e Rocol mantêm centros tecnológicos dedicados a criar formulações que atendam às especificações cada vez mais exigentes das montadoras. No Brasil, a Lubvap se posiciona como uma das referências no segmento, com produtos testados em condições extremas que simulam o uso real por períodos prolongados.
O mercado brasileiro, no entanto, ainda enfrenta o problema da concorrência com produtos irregulares:
“Lubrificantes inadequados ou falsificados são responsáveis por cerca de 30% das falhas prematuras em componentes automotivos. A diferença de desempenho entre um lubrificante original e uma versão pirata pode representar meses ou até anos de vida útil para um componente crítico“, alerta Luiz.
Foto: Divulgação
Lubrificantes x Produção automotiva
Além das vendas em alta, 2024 marcou o maior ciclo de investimento da história do setor automotivo nacional: R$ 180 bilhões. A produção de veículos também subiu 10,7% em relação a 2023 e alcançou 2,574 milhões de unidades, o que gerou 100 mil novos postos de trabalho. Hoje, a cadeia automotiva emprega cerca de 1,3 milhão de brasileiros.
Para 2025, a ANFAVEA projeta um crescimento de 5,8% nos emplacamentos de veículos leves, que deve passar de 2,5 milhões para 2,6 milhões de unidades até o fim do ano. Esse panorama sinaliza a importância da manutenção preventiva e da escolha adequada dos lubrificantes como fatores para a longevidade e o desempenho dos veículos.
A Lubvap Special Lubricants mantém um portfólio com mais de 50 formulações específicas para diferentes aplicações automotivas. A empresa, que atende tanto ao mercado de reposição quanto às linhas de montagem, submete seus produtos a testes que simulam até cinco anos de uso em condições extremas antes de liberá-los para comercialização.