O empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas
Havan, foi convocado para depor na CPI da Pandemia. A convocação foi definida
nesta quinta-feira (23).
Hang é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e
defensor do chamado tratamento precoce. Remédios como cloroquina, ivermectina e
azitromicina são comprovadamente ineficazes no combate a covid-19.
Ao longo da apuração da CPI, o empresário foi identificado
como membro do chamado “gabinete paralelo”, uma estrutura sem respaldo da
comunidade científica mundial e que supostamente assessorava Bolsonaro no
combate a pandemia de coronavírus.
Um dossiê entregue para a CPI aponta que a mãe de Luciano
Hang, Regina Hang, recebeu o chamado “kit covid”, mas acabou morrendo em
decorrência da covid-19. A certidão de óbito, porém, foi fraudada e ocultou que
a mulher morreu devido ao coronavírus.
Na ocasião, inclusive, Luciano Hang alegou que a mãe não
recebeu os remédios, comprovados pela ciência como ineficazes contra o
covid-19. O prontuário médico, porém, contraria a versão pública do empresário
e mostra que Regina recebeu as medicações.
O depoimento do dono das lojas Havan deve ocorrer na próxima
quarta-feira (29), às 10h00.