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Violência

Mãe e filho vão a júri por morte de casal de idosos

Filha e neto das vítimas são acusados de terem cometido o crime em 2022
Foto: Ilustração/Pixabay
Foto: Ilustração/Pixabay

O Juiz de Direito Marco Luciano Wächter, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cachoerinha, decidiu que devem ir a júri Claudia de Almeida Heger e Andrew Heger Ribas, acusados pelas mortes de Rubem Affonso Heger, de 86 anos, e Marlene dos Passos Stafford Heger, e outros crimes conexos. De acordo com a denúncia, o crime de homicídio ocorreu em 27/2/22, na cidade da Região Metropolitana da Capital, quando as vítimas desapareceram.

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Os réus no processo criminal são filha e neto de Rubem. A outra vítima era companheira do idoso. Conforme a sentença de pronúncia, assinada pelo magistrado na semana passada, os acusados responderão perante o Tribunal do Júri por duplo homicídio, com as qualificadoras de dissimulação, motivo torpe e traição, ocultação de cadáver, maus-tratos a animal doméstico, pois teriam matado a cachorra das vítimas, e fraude processual. Cláudia ainda é acusada de desacato, e Andrew, de resistência à abordagem policial.

“É fácil perceber a probabilidade de de ser reconhecido o dolo dos agentes que, em razão de conflitos familiares e interesse financeiro, se deslocaram até a residências das vítimas com o intento de matá-las”, diz o Juiz na decisão de 16 páginas.

Caso

A denúncia formulada pelo Ministério Público (MP) foi recebida pela Justiça em 27/5 do ano passado. O documento relata que Cláudia e Andrew foram de automóvel à residência do casal supostamente para realizar uma faxina. Ao estacionaram no pátio, usaram colchões para bloquear a vista para a garagem. Depois de matarem as vítimas, usaram o veículo, do qual foi retirada a forração para evitar resquícios das vítimas (fraude processual), para transporte dos corpos – que foram ocultados.

O MP aponta como motivo para os homicídios a insatisfação de Cláudia com a interrupção do auxílio financeiro fornecido pelo pai. Andrew teria prestado apoio moral, físico e logístico à mãe.

Os réus, em depoimento judicial, negaram as acusações. Cláudia está presa, e Andrew foi considerado inimputável, depois de passar por avaliação psicológica. Encontra-se internado no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre.

Cabe recurso da decisão.

Tags: Criminalidade, Justiça, Polícia, Rio Grande do Sul, Violência