Os servidores públicos estaduais aprovaram em assembleia conjunta, nesta terça-feira (18), uma greve de três dias. Mais de 40 sindicatos paralisarão as atividades a partir de quarta-feira (19), em protesto contra medidas do governo de José Ivo Sartori – como o parcelamento de salários e os projetos de ajuste fiscal enviados à Assembleia Legislativa.
Conforme a Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Fessergs), a orientação é manter 30% dos serviços. Já o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado planeja parar o funcionamento das secretarias estaduais e manter apenas serviços essenciais.
Confira a situação de outros serviços públicos:
Escolas
O Cpers, que representa os professores estaduais, promete suspender as aulas nos três dias de paralisação. A Secretaria Estadual de Educação orienta que pais ou responsáveis entrem em contato com as escolas para verificar se os colégios irão funcionar nesta semana. De acordo com o secretário Vieira da Cunha, não há como prever quantos professores irão aderir à paralisação e, por isso, a decisão ficará a cargo de cada escola.
Segurança
A Brigada Militar pretende realizar operação padrão, e a Polícia Civil atenderá apenas casos graves nas delegacias. No caso do Instituto Geral de Perícias (IGP), serão realizados apenas serviços em locais com mortes e liberações no Departamento Médio Legal.
Nos presídios serão mantidos apenas alimentação e atendimento médico. As visitas ficam restritas a apenas uma pessoa e sem permissão para levar pertences, segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Amapergs).
Bancos
As agências bancárias só restringirão as atividades caso não haja policiamento. Os bancos entrarão com pedido na Justiça para autorizar o fechamento.
Transporte
Os ônibus da Capital e da Região Metropolitana operam normalmente, assim como o Trensurb.
Comércio
O Sindilojas orienta que os lojistas abram os estabelecimentos normalmente em Porto Alegre durante os três dias de greve.
Outros setores
Será mantido 30% de atendimento em locais onde trabalham os servidores técnicos-científicos do Estado, como o Hemocentro, o Sanatório Partenon e o Hospital São Pedro. A paralisação também deve atingir os serviços de fiscalização agropecuária e inspeção de produtos de origem animal. O setor de saúde não deve ser afetado, pois a maioria das instituições são municipalizadas.