Neste domingo (03), a ex-deputada federal e ex-candidata à vice-presidência Manuela d’Ávila oficializou sua saída do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ao qual era filiada desde os 16 anos. A decisão marca o fim de uma trajetória de mais de duas décadas na legenda, onde construiu uma carreira política expressiva, com destaque em temas como direitos humanos, educação e igualdade de gênero. Segundo Manuela, a decisão foi amadurecida ao longo dos últimos anos e reflete a busca por novos caminhos para continuar contribuindo com suas pautas.
Por meio de nota, o partido afirmou que houve “diálogo persistente e respeitoso” com Manuela para que o desfecho final fosse outro. “Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PCdoB é um ato de liberdade e de convicções”, diz trecho da publicação.
Manuela d’Ávila é uma figura importante na esquerda brasileira, tendo sido deputada estadual e federal pelo Rio Grande do Sul, além de concorrer à vice-presidência da República em 2018 na chapa de Fernando Haddad. Em suas redes sociais, ela agradeceu ao PCdoB pela jornada conjunta, destacando o apoio do partido em momentos cruciais de sua carreira e de sua vida pessoal. A ex-deputada também afirmou que seguirá atuando politicamente, mas com uma abordagem mais independente.
A decisão de deixar o PCdoB ocorre em um momento de redefinição no cenário político, com partidos de esquerda e centro-esquerda buscando formas de se adaptar às demandas da sociedade e ampliar seu alcance. Manuela, que sempre se destacou por seu trabalho voltado para os jovens e para as mulheres, tem agora a possibilidade de reavaliar seu papel e sua atuação pública sem as limitações partidárias. Analistas acreditam que sua saída pode abrir caminho para um movimento político independente ou mesmo uma aproximação com outras legendas de esquerda.
Ainda sem anunciar um novo partido ou movimento, Manuela d’Ávila reiterou seu compromisso com os temas que sempre pautaram sua trajetória, como justiça social, igualdade e democracia. Sua saída do PCdoB levanta questionamentos sobre os próximos passos da ex-deputada e o impacto que essa mudança pode ter na estrutura política da esquerda no Brasil. Nos próximos meses, ela deve revelar mais detalhes sobre seu futuro, enquanto se mantém ativa em redes sociais e eventos públicos, onde conta com um público significativo e engajado.