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Matéria Sidnei

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O secretário da Indústria, Comércio e Serviços de Camaquã, Sidnei Soares, participou do programa Primeira Hora na manhã desta terça-feira (28). Em pauta, a venda de área pública no Distrito Industrial para a empresa J&J Fabricação de Esquadrias de Metal LTDA.

Conforme Sidnei, o interesse primeiramente surgiu por parte da prefeitura, que foi em busca de um comprador para a área. Ele admite que chegou a conversar sobre o terreno com seu ex-colega Abner Dillmann, na época secretário da Agricultura do governo municipal, e sócio de Josué Flores, um dos proprietários da J&J Fabricação de Esquadrias de Metal LTDA.

“Eu até comentei com ele, vem cá, tu não sabe de alguém que queira, daqui a pouco, porque é berçário, aquela coisa toda, está dentro da agricultura, daqui a pouco uma empresa do agronegócio”.

Então Abner teria respondido que seu sócio, Josué, poderia ter interesse na área.

“Aí diz ele, olha, o meu sócio parece que quer ampliar um outro setor que eu não estou afim, mas ele está procurando um terreno. E a coisa evoluiu de uma forma rápida, de que havia interesse realmente e eles não estavam encontrando. Por que eles não estavam encontrando? Porque dentro do perímetro urbano não é permitido colocar uma indústria de esquadrias metálicas”, disse Sidnei.

Para o secretário, não há problema em a empresa compradora ter sido aberta menos de um mês antes de protocolar o interesse de compra, ou seja, não ter um histórico anterior. A empresa J&J Fabricação de Esquadrias de Metal LTDA foi constituída em 06 de abril de 2020. No dia 04 de maio de 2020 a empresa protocolou a intenção de compra do terreno e os documentos.

“Não tem problema nenhum. A história dela, ela que vai fazer!”, disse.

O terreno em questão fica localizado na Rua Aylton Ulguim Campos, em uma área ao lado do Berçário Municipal, medindo 30 metros de frente, por 94,9 metros de fundos, totalizando 2.847 m². No documento, a empresa apresenta três avaliações do imóvel, que variam entre R$ 190 mil e R$ 200 mil. A proposta apresentada pela empresa, em 29 de maio, é de pagar os R$ 200 mil na área, porém 60% de entrada e o saldo em 50 vezes sem juros. Em 03 de junho, o avaliador da prefeitura entendeu o valor venal do imóvel seria o de R$ 200 mil, conforme memorando interno entre secretaria de da Fazenda e Procuradoria.

Em pesquisa realizada pela emissora, foi encontrada uma área menor do que a que pertence à prefeitura, na mesma rua, por um valor quase oito vezes maior. O terreno mede 40,50m de frente por 60,95 metros de fundos, totalizando 2.440 m², porém com área construída de 800m², na beira da BR-116. O valor deste imóvel está anunciado em uma imobiliária por R$ 1.500.000,00.

Conforme o secretário, não há nada de errado no negócio. A Câmara de Vereadores de Camaquã aprovou a venda da área em sessão realizada nesta segunda-feira (27).

Assista a entrevista na íntegra: