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Medicamentos da classe do Omeprazol aumentam risco de câncer, sugere estudo

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O uso contínuo de medicamentos inibidores da bomba de prótons (IBPs), classe a qual pertencem Omeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol, Rabeprazol, Esomeprazol e Dexlansoprazol, podem estar relacionados a mais do que o dobro do risco de desenvolver câncer de estômago. Essa foi a conclusão de um levantamento feito por pesquisadores da University College London (UCL) e da Universidade de Hong Kong, publicado no periódico Gut.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores selecionaram pacientes tratados com antibióticos, fator que eliminou a influência da bactéria Helicobacter pylori, relacionada ao maior risco de desenvolver este tipo de câncer. Foram mais de 63 mil adultos escolhidos e divididos em dois grupos: um recebeu tratamento à base de IBPs e outro com histamina-2, que tem efeito parecido com o do Omeprazol. Os grupos foram observados por cerca de 7,5 anos.

Ao longo desse período, 3.271 dos voluntários tomaram IBPs por uma média de três anos e 21.729 usaram histamina-2. No total, 153 indivíduos desenvolveram câncer de estômago após o tratamento com IBPs, o que mostrou que o uso dessa classe poderia aumentar em 2,4 vezes o risco de desenvolver a doença. Já o consumo diário desses medicamentos elevou o risco em 4,55 vezes.

— IBPs são importantes e seguros a curto prazo para tratar a infecção por Helicobacter pylori. No entanto, o uso desnecessário e a longo prazo deve ser evitado — disse o coautor da pesquisa, Ian Wong, ao site da UCL.

Apesar dos resultados, os cientistas alertam que, por se tratar de um estudo observacional — não foram considerados outros fatores de risco —, as conclusões de causa e efeito devem ser vistas com cautela.