O Brasil está numa onda crescente de casos de dengue, até o momento já foram registrados mais de 500 mil casos e 94 óbitos em todo o país. Em entrevista para o programa Tua Saúde, o médico infectologista, Vinicius Monteiro, falou sobre os riscos da doença e os meios de prevenção.
Conforme o especialista, o país vive um momento alarmante e o pico de casos de dengue deve ser atingido no mês de abril:
“Nessa época do ano, tradicionalmente deveria estar iniciando os casos de dengue no país. Se considerar a média histórica, os casos costumam ocorrer no início de abril e entre maio e junho costumam cair. Porém desde o início de janeiro já há casos e mais de 90 óbitos”, destaca o Monteiro.
No Rio Grande do Sul até o momento há 4.469 casos, sendo que em investigação há quase três mil casos. Em respeito a óbitos, há o registro de três vítimas.
O médico destaca que a prinipal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Outras formas menos comuns de transmissão são por meio de transfusão de sangue ou da gestante para o bebê. Não há transmissão por contato direto com um doente.
O mosquito Aedes aegypti, também é responsável pela transmissão de outras infecções:
Chikungunya – Doença febril causada por um vírus caracterizada por dores fortes, especialmente nas articulações. Os sintomas duram até sete dias;
Zika Vírus – Doença febril causada por um vírus, geralmente caracterizada por febre baixa e manchas vermelhas pelo corpo. Os sintomas duram até sete dias.
O infectologista aponta que a mosquito fêmea, responsável pela transmissão viral, tem o hábito de circular no período diurno, entre o início da manhã e a tarde. Ela possuiu uma vida de duas semanas, com uma circulação frequente na área urbana, sendo essencial proteção de residências.
A prevenção contra o vírus inicia dentro das residências, com verificação de frestas entre os móveis, cortinas e a cobertura de janelas. As plantas pneus e garrafas devem estar sem água parada e as piscinas precisam ficar cobertas.
Confira a entrevista com o infectologista, Vinicius Monteiro, na íntegra.