A situação financeira do Hospital Nossa Senhora Aparecida está cada vez mais delicada. Em um documento de circulação interna, publicado na última sexta-feira (7) e obtido pela reportagem da Rádio Acústica FM, a instituição detalha aos seus colaboradores a situação dos pagamentos aos funcionários, fornecedores e prestadores de serviço.
A condição do último grupo é a mais delicada. Os prestadores de serviços do hospital, que incluí médicos plantonistas, terão seus honorários de novembro e dezembro de 2019 parcelados em seis vezes. Uma fonte declarou que as decisões são impostas sem qualquer comunicação ou negociação.
A decisão quanto à situação dos pagamentos foi tomada após a liberação de incentivos estaduais referentes à produção do mês de dezembro e de um crédito liberado através da Portaria nº 3339/2019, que estabelece recurso do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde.
O hospital destaca que, com os valores dos incentivos, foram pagos a folha de funcionários de janeiro e fornecedores que já estavam com títulos em protesto. Já o valor obtido através da portaria será utilizado para o saldo do décimo terceiro salário dos funcionários e o pagamento da primeira parcela dos prestadores.
No documento, o Comitê Gestor do Hospital destaca que a saúde financeira da instituição está “cada vez mais difícil, onde mensamente arrecada menos do que gasta para prestar os serviços a que se propõe, com a qualidade mínima necessária”. No documento, os gestores ainda destacam que não estão satisfeitos e confortáveis com a situação “que a cada mês se agrava”. O comitê ainda declara que está trabalhando com foco em solucionar e reverter a situação.
Desde a última segunda-feira (10), a reportagem da Rádio Acústica FM busca contato com a direção do Hospital Nossa Senhora Aparecida. Através de contatos telefônicos, a emissora não conseguiu acesso a diretores da instituição. Um e-mail enviado pela reportagem da Rádio Acústica FM para a administração do hospital não foi sequer respondido.