Em Assembleia Geral Extraordinária pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na noite desta terça-feira, 23, os profissionais definiram, por unanimidade, pela manutenção da paralisação dos médicos credenciados no IPE Saúde.
Além disso, as entidades médicas — Simers, Conselho Regional de Medicina (Cremers) e Associação Médica do RS (Amrigs) — convocaram os profissionais para optarem pelo licenciamento temporário ou pelo descredenciamento. A categoria cobra do governo o aumento dos honorários médicos que estão defasados há doze anos.
“Os médicos deliberaram em manter o movimento, enquanto nada é feito de concreto para garantir a recomposição dos honorários médicos e hospitalares, defasados há 12 anos”, destaca o presidente do Simers, Marcos Rovinski.
Durante entrevista à reportagem da rádio Acústica FM pela manhã, o presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene afirmou que o parlamento tem legitimidade para propor emendas, mas ressalta que se projeto for muito modificado, diminuindo a projeção de aumento de receita, pode impactar no valor a ser destinado aos honorários médicos
“Por parte do IPE Saúde nós estamos imbuídos para poder promover uma melhoria nos honorários médicos. Encaminhamos um PLC para a Assembleia numa projeção de arrecadação prevendo essa possibilidade. E quando o governador fala que essa questão seria tratada em um segundo momento, ele quer dizer que é preciso aguardar a aprovação do projeto de lei para analisar o que será a repercussão nas contas do instituto. Nós temos uma proposta que tem uma previsão de aumento de 750 milhões de reais, mas se houver uma desidratação no texto enviado, que reduza essa projeção financeira, é claro, que isso também vai passar por rever o que está se pensando em melhorias de honorários
A projeção anterior do governo era de 140 milhões de reais para o reajuste do pagamentos dos médicos. Nesta terça-feira (23), o governo do Estado disponibilizou, uma ferramenta para que os usuários calculem como ficaria a contribuição ao IPE Saúde com a aprovação da proposta de reestruturação do instituto — cujo texto foi enviado à Assembleia Legislativa. Trata-se do “Simulador de Contribuição do Plano Principal”. Segundo o presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene, o Piratini busca tornar o processo de mudança proposto pelo governo mais transparente, antes que haja a votação no parlamento gaúcho. Do início da manhã, até as 18h, foram 37 mil simulações. A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Procergs.
