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Eleições

Melo busca ampliar base e esquerda tenta construir um nome

Articulações políticas para eleição em Porto Alegre já começam a movimentar o cenário para 2024
Foto: Eduardo Beleske/PMPA
Foto: Eduardo Beleske/PMPA

Enquanto o prefeito Sebastião Melo (MDB) busca uma aliança ampla para reeleição investindo mais uma vez no bolsonarismo, a esquerda ainda tenta encontrar um nome para cabeça de chapa.

Entre os dois campos está o PSDB, que espera um posicionamento do presidente da sigla, o governador Eduardo Leite, para definir apoio a Melo(partido que é base desde o início do ano), ou lançar uma candidatura própria.

Melo articula uma aliança eleitoral quase tão ampla quanto sua base na Câmara Municipal, onde conta com votos de 11 dos 16 partidos representados: MDB, PL, PP, PSB, PSD, Podemos, PSDB/Cidadania, PTB, Republicanos e Solidariedade

No entanto, o União Brasil lançou a pré-candidatura do deputado estadual Dr. Thiago Duarte.

O PSDB não descarta manter a parceria com Melo, mas estuda ao menos dois nomes: a deputada estadual e ex-comandante da Polícia Civil gaúcha, Delegada Nadine Anflor, e a deputada federal Any Ortiz, que é do Cidadania, partido federado aos tucanos

No PT, os principais nomes cogitados para a cabeça de chapa são os da deputada federal Maria do Rosário e da deputada estadual Sofia Cavedon. Mas Rosário e Sofia podem sofrer rejeição de grande parte dos eleitores em razão da polarização nacional dos últimos anos.

Nesta segunda-feira (17), Rosário conversou com o ex-prefeito Raul Pont, um dos nomes mais respeitados do PT, e com o vereador Roberto Robaina, presidente do PSOL em Porto Alegre. Em pauta , o cenário eleitoral.

Outro cogitado é Edegar Pretto, pela boa votação a governador em 2022,

No PSOL, o nome mais forte é o do vereador veterano Pedro Ruas, que foi candidato a vice na chapa de Pretto por sua atual sigla. Corre por fora a deputada federal Fernanda Melchionna,  que contabiliza votações expressivas ao Legislativo desde 2016.

Em entrevista à reportagem da Acústica FM, o cientista Político Bruno Lima Rocha avalia que o grande desafio do campo da centro-esquerda é encontrar um nome que rompa a rejeição de parte do eleitorado conservador.

“Porto Alegre em especial e algumas cidades polo em algumas regiões como Vale dos Sinos tem e tiveram a expectativa de um governo de centro-esquerda novamente, mas na capital desde 2004 a centro-direita e a direita vem ganhando. Então são vinte anos de governo nesse campo e é difícil saber o que sobrou de memória social coletiva das gestões de Olívio Dutra, Tarso Genro, Raul Pont. Esse é o grande desafio”.

“Sempre que o governo federal estiver alinhado ajuda, porque as eleições municipais não são um espelho da política nacional, embora nas capitais haja uma tendência de uma presença nacional maior. É possível que tenhamos um segundo turno novamente como foi em 2020, mas é preciso ainda analisar o capital político que sobrou para o Sebastião Melo”, pondera.

O Partido Novo abriu um processo de seleção para escolher o candidato a prefeito de Porto Alegre em 2024, e está em fase de avaliação dos inscritos.

Ao menos dois filiados se inscreveram no processo seletivo e apresentaram a documentação: o deputado estadual Felipe Camozzato e a vereadora Mari Pimentel. O deputado Marcel van Hattem e o ex-deputado Fábio Ostermann não quiseram se inscrever.

PDT e o PSB ainda avaliam se irão participar de uma “frente ampla” de centro-esquerda ou se lançarão candidatura própria à prefeitura de Porto Alegre em 2024. No caso dos trabalhistas, os nomes dos ex-deputados Juliana Brizola e Vieira da Cunha são apontados como possíveis candidatos pelo partido.