Categories: Polícia

Menina vítima de abuso e sequestro retorna para casa em Tramandaí

A menina de nove anos recebeu atendimento médico especializado em um hospital de Porto Alegre e retornou para casa, no Litoral Norte, ainda na noite dessa quarta-feira (26), onde foi acolhida pela família. 

Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira (27), a mãe da criança relatou que a menina ficou traumatizada. Ela costumava dormir no escuro, mas se recusou na primeira noite em casa.

Publicidade

Conforme a polícia, ela pode ter ficado cerca de 12 horas no porão.

O homem foi identificado como Marco Antônio Bocker Jacob, de 61 anos 

Na tarde de terça, a menina saiu de casa para brincar com os amigos em uma pracinha próxima à casa da família. A mãe relata que não iria deixar, pois a criança é acostumada a brincar somente dentro do pátio de casa, mas cedeu após a insistência da filha.

A mulher relatou que nunca desconfiou do vizinho suspeito do crime, mas que o marido tinha o “pé atrás” com o homem.

 

Especialista analisa o caso

A Polícia Civil abriu duas frentes de investigação que envolvem o caso da menina de nove anos que teria sido abusada e sequestrada por um homem de 61 anos em Tramandaí, no litoral Norte do Estado.  

Um dos inquéritos apura os crimes que foram cometidos contra a criança; abuso sexual e sequestro.  O outro busca identificar quem são os responsáveis pelo linchamento do suspeito.

A reportagem ouviu um advogado especialista em direito penal sobre o tema. O professor André Cezar analisa como deve se desenvolver o inquérito que envolve os crimes cometidos contra a menina. O especialista ressalta como funciona o trâmite judicial, tendo em vista que o acusado pelo crime foi morto

“A gente  verifica que houve a parte do sequestro, propriamente dito e  surge a circunstância de ela ter ficado no alçapão, configurando o cárcere. E há a situação do abuso que é considerado  estupro de vulnerável, do artigo 217  do Código Penal. Tudo acaba  prejudicado por conta da extinção punibilidade.  

Cabe à polícia, em virtude da dos elementos que já foram colhidos para chegar à menina, verificar se eventualmente houve a participação de alguém, parece-me que não, pelas informações preliminares. Caso contrário, o caso é encaminhado ao Ministério Público que vai opinar pela extinção e diante disso virá então uma decisão judicial.

Você tem aí uma situação bem complexa em relação ao que a acusação propõe e ao que eventualmente a defesa pode estabelecer como linha de tese. Mas o homicídio qualificado é definido como com uma pena de 12 a 30 anos, a situação vai variar com qualificadoras, ou seja, quais as qualificadoras que eventualmente sejam aplicáveis ao caso”.

 

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

Recent Posts

Enem 2025: inscrições terminam na sexta-feira (06)

Procedimento deve ser realizado pela Página do Participante; prazo também vale para pedidos de atendimento…

21 minutos ago

Pix Automático será lançado em junho e promete facilitar pagamentos recorrentes

Nova funcionalidade do Banco Central entra em operação no dia 16 e deve substituir o…

38 minutos ago

STF retoma julgamento sobre responsabilização das redes sociais

Votação não deve ser finalizada nesta quarta-feira (04)

57 minutos ago

Cremolatto inaugura espaço kids e sala de jogos em Camaquã

A inauguração contará com descontos e promoções imperdíveis

1 hora ago

PRF prende homem com 37 quilos de skunk em Torres

Ação ocorreu nesta quarta-feira (04); Drogas seriam entregues em Santa Catarina

3 horas ago

Alexandre de Moraes decreta prisão de Carla Zambelli

Pedido foi apresentado pela Procuradoria-Geral da República na tarde de terça-feira (03), depois de a…

4 horas ago

This website uses cookies.