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Mercado pecuário tem expectativa de melhora para o segundo semestre

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Depois de um semestre que mudou de perspectiva devido aos
efeitos da seca, que também atingiram os negócios na pecuária, a expectativa é
que na segunda metade do ano haja uma melhora no mercado, mantendo pelo menos
os mesmos números de 2021. A avaliação é do leiloeiro e diretor da Trajano
Silva Remates, Marcelo Silva.

De acordo com o especialista, aconteceram poucos leilões do
mercado de genética neste primeiro semestre e comparando os valores, tanto de
machos quanto de fêmeas, eles ficaram praticamente iguais. “Em alguns casos
tivemos uma queda de 10% em relação ao ano passado”, destaca.

No caso do gado geral, o episódio da estiagem mudou o
cenário de uma excelente perspectiva e o panorama se alterou, conforme Silva.
“A seca atingiu em cheio os valores praticados na agricultura e,
consequentemente, os valores praticados na pecuária. Então tivemos, em números,
se comparado com o outono do ano passado, uma queda de 10% dependendo da
categoria”, explica.

Entretanto, o leiloeiro percebe uma sensível melhora no
preço do gado de corte, em especial no Centro-Oeste brasileiro, que teve uma
boa reação. E a projeção para o gado gordo segue na mesma maneira, em especial
com o retorno das exportações. “A participação do mercado externo é fundamental
para essa valorização, e para nossa alegria, voltaram a carregar animais lá no
Norte para terminar no seu país de destino”, observa, lembrando também que
problemas como a incidência de casos de aftosa nas Filipinas e a seca na
Austrália, indiretamente, refletem positivamente para o mercado brasileiro,
principalmente com o dólar valorizado.

Para a Temporada de Primavera, o diretor da Trajano Silva
Remates frisa que mesmo com a oferta menor de gado de corte, o terneiro deve
ser valorizado. “No que se refere aos reprodutores, acredito que teremos
valores muito parecidos como no ano passado. Os nossos números serão muito
parecidos tanto em touros quanto em fêmeas nas médias em geral, podendo ter uma
variação de 5% para cima, mas não como no ano passado que tivemos casos de valorização
de 30% mais”, complementa.

Texto: Nestor Tipa
Júnior/AgroEffective