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Mês farroupilha: amor em forma de tradição

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Ser gaúcho significa bravura, “sangue nos olhos”! A veracidade do olhar de quem tem orgulho de sua tradição, de quem bate no peito e grita: Ah! Eu sou gaúcho! Que ao viajar para um estado diferente, percebe as pessoas falando “você” e prefere mencionar o “tu” só para explicar que é daqui.

 

Para muitos gaúchos tradicionalistas a semana farroupilha vai além de “apenas sete dias”. Músicos, invernadas e grupos tradicionalistas passam o ano todo envolvidos na preparação das atividades que foram realizadas na semana do gaúcho. A tradição vem do amor farroupilha, passando de pai para filho, de filho para pai, e no fim, toda a família se envolve nas comemorações. Por vez, os festejos são finalizados no dia 20 de setembro, feriado no estado do chimarrão.

 

Para o estudante de engenharia civil, músico e integrante do grupo Bem Pachola, Lucas Bridi, de 21 anos, o mês de setembro é o que apresenta mais atividades para realizar, entretanto participa de eventos o ano todo. O jovem recebeu influência tradicionalista de seu pai que trabalhava na área rural. Com sete anos o adolescente começou a tocar bateria, em parceria com seu amigo Maiquel Filho onde participavam de festivais musicais. Aos 12 anos começou a se envolver com o canto e nesta época seus pais participavam da patronagem do CTG Camaquã.

 

Desde então cresceu participando das atividades tradicionalistas por meio de festivas, concursos, festas campeiras em todo estado, rodeio, Enarts e principalmente no Centro de Tradições Gaúchas de Camaquã. “Bem Pachola é um grupo de amigos com responsabilidade e compromisso” explica.

O grupo completa seis anos de trabalho em novembro, apresentando um novo projeto em forma de baile, chamado de “Bem Pachola Fandango” estreado neste domingo (17), em Tapes.

 

As influências musicais e padrinhos do grupo são os amigos Elmo de Freitas e o Gaúcho Pachola, entre outros. “Nossa maior motivação é dar incentivo aos jovens, passando através da música o amor tradicionalista por que é um combustível para alma”, conclui Bridi.

 

A estudante e professora de dança, Gleiciane Schmitz, de 26 anos, cumpre a missão de instruir a invernada mirim e juvenil do Centro de Tradições Gaúchas de Camaquã. Além de um trabalho é uma forma de amar por meio da música.

A preparação de uma invernada começa no mínimo seis meses antes, até o mês de setembro. Os grupos são de cerca de 20 integrantes, que ensaiam de 2h a 3h por dia, dentro da intensa rotina semanal. Na véspera de apresentações, o tempo se estende buscando mais foco e responsabilidade de todos que se envolvem.

 

A jovem é formada em artes visuais, MTG dança de salão e danças tradicionais, e atualmente cursa especialização em dança na PUC em Porto Alegre. Para ela, conciliar o tempo de estar com a família, amigos e vida social tem peso, no qual “muitas vezes fica em segundo plano”. Entretanto, neste 20 de setembro Gleiciane conclui que “ser gaúcho é defender a tua herança cultural, com um amor sem medidas. É não ter vergonha de sair pilchado onde for, e desta forma passar para os mais novos o que teve a honra de adquiri com os mais velhos”.

Confira as entrevistas na íntegra: