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Ministério confirma que ferrovia que passará por Camaquã não é prioridade

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A possibilidade de construção de uma ferrovia que passe pelo município de Camaquã, parece estar longe de poder ser uma realidade para a região. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) do trecho Sul, iniciado em 2012 já está concluído.

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Nesta semana, foi realizada uma videoconferência que reuniu lideranças políticas e empresariais do Rio Grande do Sul para discutir o plano de investimentos do governo federal na expansão da malha ferroviária. No encontro, o diretor de Transporte Rodoviário do Ministério da Infraestrutura, Ismael Trinks, admitiu que a construção do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul não é prioridade para o governo federal. Segundo Trinks, os investimentos no curto prazo estão concentrados na prorrogação antecipada da Malha Sul, com a recuperação de trechos que hoje estão abandonados.

As declarações foram um banho de água fria nas pretensões das cidades, que poderiam ter uma ligação férrea com o porto de Rio Grande e outras regiões do país. O trecho estabelecido no projeto, cruzará por 82 municípios de quatro estados: 8 em São Paulo, 31 no Paraná, 14 em Santa Catarina e 29 no Rio Grande do Sul.

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Articulador do encontro na última terça-feira (15) ao lado do senador Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS), o deputado federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) ressaltou que a opção do Ministério da Infraestrutura pela recuperação de ramais já existentes não vai diminuir a mobilização e a vontade dos gaúchos em ter uma ligação ferroviária até o Porto de Rio Grande. “São frentes diferentes e uma não exclui a outra. Precisamos conhecer em detalhes o plano de investimentos da Rumo, que é algo muito positivo, mas faremos pressão política pela Norte-Sul, que inclusive já tem seu traçado definido a partir do estudo de viabilidade técnica”, argumentou o parlamentar.

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Edson Brum, disse que não é possível admitir retrocessos envolvendo a Norte-Sul. “Levamos anos discutindo o traçado. Isso é uma questão política. Não podemos deixar esse projeto abandonado. Temos 79 novas indústrias se instalando no Estado e outros tantos projetos para os próximos anos. E não podemos abrir mão disso tudo”, reforçou Brum. Já o senador Heinze afirmou que está trabalhando para pautar no Senado o projeto que pretende destravar R$ 25 bilhões em investimentos na malha ferroviária nacional. O parlamentar também considera importante a recuperação de trechos ociosos, mas enfatizou que levará o assunto da Norte-Sul até o ministro Tarcísio Gomes de Freitas e, se preciso, ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

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Em 2015, o então prefeito de Camaquã, João Carlos Machado, foi convidado a participar de uma audiência pública com o governador José Ivo Sartori, juntamente com os demais prefeitos de municípios em que a Ferrovia Norte Sul deverá passar. Na oportunidade, o município foi convidado a integrar a Comissão de prefeitos, deputados federais e estaduais que irá discutir, acompanhar e fiscalizar o andamento do projeto.

A obra é aguardada com expectativa por todos os segmentos produtivos, uma vez que representará uma alternativa barata e eficiente para o escoamento da produção, com grandes perspectivas de incremento na exportação de produtos. Ao todo, o projeto prevê 4,5 mil quilômetros de trilhos, ligando Barcarena, no Pará, a Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A proposta é interligar a malha ferroviária e diminuir custos de transporte, conectando quatro regiões e nove estados brasileiros.

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