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Ministério da Saúde: O que é e como tratar esclerose múltipla, doença sem cura

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Neste domingo (30) é celebrado o dia nacional de conscientização sobre a esclerose múltipla. A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (camada de gordura que envolve as fibras nervosas na substância branca do cérebro e na medula espinhal), comprometendo a função do sistema nervoso. Ainda não há cura para esta doença.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, os principais sintomas são fadiga, distúrbios visuais, rigidez, fraqueza muscular, desequilíbrio, alterações sensoriais, dor, disfunção da bexiga e ou do intestino e ainda disfunção sexual.

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Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas. Os ataques, chamados surtos, são crises inflamatórias que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões. Há ainda, desde o início da doença, degeneração das próprias fibras nervosas ou axônios. Os surtos ocorrem aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa.

Segundo o Ministério da Saúde não há cura para a doença, no entanto recomenda tratamentos com uso de medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, contribuindo para a diminuição do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida desses pacientes. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista de forma individualizada.

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Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos, pois eles ajudam a fortalecer os ossos, a melhorar o humor, a controlar o peso e contra sintomas como a fadiga. Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados. O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres (músculos que controlam a eliminação de fezes e urina), já nas crises agudas da doença, é aconselhável que o paciente permaneça em repouso.

A data comemorativa, instituída pela Lei nº 11.303/2.006, tem como objetivos dar maior visibilidade à doença, informar a população e alertar para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. A EM é a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo, sendo que a média de idade em que as pessoas são diagnosticadas é aos 30 anos. A enfermidade acomete mais mulheres, em uma proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado. No Brasil, estima-se que cerca de 35 mil pessoas convivam com a Esclerose Múltipla. A doença foi descrita pela primeira vez em 1.868 pelo médico francês Jean-Martin Charcot.