Ministério Público desqualifica álibi apresentado por réu em julgamento do Caso Eliseu

Na fase dos debates do julgamento desta quinta-feira, a promotora Lúcia Callegari, buscou convencer os jurados de que o réu Robinson Teixeira dos Santos também é culpado pelo assassinato de Eliseu Santos

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Em um quadro branco como havia utilizado no caso Kiss, Lúcia relembrou vários pontos do processo, ligando Robinson a  Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Trein Krol que tiveram penas de mais de 25 anos decretadas pela justiça. Os dois são considerados os autores da execução de Eliseu Santos. Segundo o Ministério Público, o réu era o motorista do grupo que matou o então secretário de Saúde de Porto Alegre, no dia 26 de fevereiro de 2010.

Durante a sustentação do plenário do Júri, a promotora Lúcia Callegari desqualificou o álibi apresentado por Robinson em seu depoimento durante a tarde. O Réu disse que estava em uma festa na praia no dia do crime.

“O  Álibi de Robinson é frágil. Mudou várias vezes de versão ao longo processo.  A festa pra ele era a execução do secretário,  álibi furado mentiroso. Não há fotos da festa. No registro, fez a festa sozinho”, ironizou a promotora.

Lúcia também disse aos jurados que à época dos fatos havia pouca estrutura para investigar os homicídios e criticou o inquérito conduzido pela polícia.  Segundo o processo, Eliseu foi atingido e depois revidou, acertando os dois criminosos que atiraram contra ele. A promotora  disse que não faz sentido a tese levantada pela defesa  e pela polícia para sustentar o latrocínio, tendo em vista que os criminosos chegaram atirando na vítima, característica típica de execução de um crime encomendado.

O réu

Mais cedo, em um depoimento de cerca de dez minutos, Robinson  Teixeira dos Santos, de 36 anos, terceiro réu a ser julgado do Caso Eliseu, respondeu apenas  às perguntas da defesa e dos jurados. Ele disse que no dia da morte de Eliseu Santos estava na praia. O acusado relatou que soube  do caso  pela televisão no outro dia. Disse que estava em Tramandaí e não se escondeu ao saber do fato. 

Ele sustentou também que não conhecia Eliseu Santos e que apenas havia frequentado festas em que Eliseu Pompeu Gomes  esteve presente, em Sapucaia do Sul.

Disse que na época do caso  era investigado por roubo de veículos. Robinson está preso preventivamente, mas não pelo caso Eliseu.

Última testemunha a ser ouvida na tarde desta quinta-feira (22) durante o julgamento de um dos réus pela morte do então secretário de saúde de Porto Alegre, em 2010, o policial civil Sylvio Edmundo dos Santos Júnior reforçou a tese do Ministério Público de que Eliseu Santos foi vítima de homicídio. Está sendo julgado o réu Robinson Teixeira dos Santos, de 35 anos, que responde pelo assassinato e é acusado de ter levado os matadores até o local do crime, entre outros delitos.

Próximos júris do caso Eliseu

Os demais réus serão julgados nas seguintes datas:

– 19/10/22: Jorge Renato Hordoff de Mello

– 23/11/22: Jonatas Pompeu Gomes e Marcelo Machado Pio

– 12/12/22: Cássio Medeiros de Abreu, Marco Antonio de Souza Bernardes e José Carlos Elmer Brack

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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