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Política e educação

Ministério Público questiona municipalização do ensino proposta pelo governo do RS

Em nota encaminhada à reportagem, a instituição afirma que demonstra preocupação principalmente em relação à educação infantil

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) questiona a municipalização do ensino que o governo do Estado tenta implantar no Rio Grande do Sul. O movimento do Piratini retira turmas que hoje são da educação estadual e repassa à administração das prefeituras gaúchas. Em nota encaminhada à Acústica FM,  o MP-RS destaca que, atualmente, os gestores municipais não conseguem dar conta das suas atribuições de Educação Infantil, por exemplo

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Foto: MPRS

“As Promotorias Regionais de Educação, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, acompanham permanentemente o assunto e manifestaram inquietação especialmente pelo fato de que apenas 47% dos municípios do Estado conseguiram atender as médias do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), no que diz respeito ao atendimento da pré-escola. A partir disso, a instituição manifestou interesse em participar da construção deste projeto. Portanto, a preocupação do Ministério Público em relação ao tema é entender se estes municípios, que hoje não conseguem atender a pré-escola, conseguirão atender o Ensino Fundamental”, diz o texto.

O órgão se manifestou junto ao governo do Estado sobre o tema no fim de novembro, de forma reservada

Na semana passada, deputados de oposição e integrantes do Cpers encaminharam  ao Ministério Público Estadual uma documentação que pedia apoio para a retirada do regime de urgência do pacote de projetos da educação, no entanto, não houve resposta sobre o tema.

A Proposta de Emenda à Constituição(PEC) que trata da municipalização do Ensino Fundamental será analisada em 2024, pois segundo os deputados entenderam que não haveria tempo hábil para a votação ainda neste ano. O presidente Assembleia, Vilmar Zanchin, disse que não foi por pressão o adiamento da votação, mas sim por questão regimental.